Janja defende regulamentação das redes sociais no Brasil com exemplo da China

A primeira-dama Rosângela da Silva, conhecida como Janja, defendeu a regulamentação das redes sociais no Brasil, citando o modelo chinês, que inclui punições severas para infratores. Durante um jantar com o presidente da China, Xi Jinping, na semana passada, Janja mencionou que o líder asiático reconheceu os desafios enfrentados na regulação das redes sociais, como o TikTok.

Janja negou ter cometido gafe ao abordar o algoritmo do TikTok, que, segundo ela, favorece conteúdos de direita. Em entrevista à Folha de S. Paulo, a primeira-dama afirmou que não quebrou protocolos e que sua intenção era participar ativamente da conversa. “Eu não sou um biscuit de porcelana”, declarou, enfatizando sua capacidade de opinar.

A primeira-dama também comentou sobre a pressão da opinião pública, referindo-se a críticas que recebe por seus gastos em viagens oficiais. Janja expressou descontentamento com a postura de algumas mulheres que, segundo ela, deveriam apoiar o momento político do Brasil, em vez de atacá-la. Além disso, ela se manifestou sobre declarações machistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que não “passa pano” para tais comentários.

Futuro Político

Janja revelou que não pretende seguir carreira política e que, após Lula deixar a presidência, priorizará seu casamento. Ela destacou que a decisão sobre uma possível reeleição de Lula em 2026 depende da saúde e bem-estar do presidente. “Ele está forte e bem”, avaliou.

A primeira-dama também se desculpou por um comentário feito sobre Elon Musk durante o G-20 em 2024, afirmando que se arrependeu do momento, pois ofuscou outros temas importantes da reunião. Janja, que não ocupa cargo oficial, conta com uma equipe informal que a assessora em suas atividades, com gastos que ultrapassam R$ 1,2 milhão desde o início do terceiro mandato de Lula.