Política

Centrão pressiona Hugo Motta para mudar relator da LDO e priorizar emendas parlamentares

Centrão pressiona Hugo Motta a romper acordo com o PT sobre relatoria da LDO de 2026, priorizando emendas em ano eleitoral.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em cerimônia no Congresso Nacional. (Foto: Pedro Ladeira)

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, em cerimônia no Congresso Nacional. (Foto: Pedro Ladeira)

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Deputados do centrão estão pressionando o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), a romper um acordo com o PT que garantiria ao deputado Carlos Zarattini (PT-SP) a relatoria da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026. O objetivo é escolher um relator menos alinhado ao governo, priorizando emendas parlamentares em vez de investimentos do governo em um ano eleitoral.

Os parlamentares do centrão buscam aprovar regras que acelerem a execução das emendas ao Orçamento, especialmente antes das restrições do período eleitoral. Três deputados relataram à Folha que Motta ouviu as queixas e prometeu buscar uma solução negociada com o PT. No entanto, os petistas esperam que o compromisso de entregar a relatoria ao partido seja cumprido, já que isso foi parte do apoio à sua eleição em fevereiro.

Pressão por Mudanças

A LDO é aprovada anualmente e estabelece diretrizes para a elaboração e execução do Orçamento. Em 2024, o Congresso tentou impor um calendário para a execução das emendas, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou. Para 2026, o Congresso deseja acelerar o empenho e pagamento das emendas para prefeitos aliados antes das vedações eleitorais.

Os congressistas consideram que a demora na liberação das emendas parlamentares neste ano, com apenas R$ 23,7 milhões dos R$ 50,4 bilhões programados empenhados até agora, é um dos fatores que alimentam a pressão por um novo relator. Governistas alegam que o atraso se deve à falta de aprovação da lei orçamentária pelo Congresso.

Impasse na Indicação

Nos bastidores, discute-se a possibilidade de usar a LDO para impor regras mais rígidas ao governo, evitando manobras que possam impactar as contas públicas. O relator tem a responsabilidade de negociar mudanças no projeto, que será submetido à votação.

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que trabalhou na elaboração do calendário das emendas em 2020, defende que a relatoria deve ser de um deputado mais independente. A Folha apurou que há uma movimentação entre os deputados para impedir que a relatoria fique com o PT. Motta, por sua vez, não descartou a possibilidade de indicar outro nome, mas prometeu conversar com os petistas sobre a situação.

O projeto da LDO ainda não foi encaminhado à Comissão Mista de Orçamento pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Um ofício com a indicação de Zarattini foi enviado, mas ainda não foi referendado pelo bloco de partidos que inclui o PT e o centrão. O presidente da comissão, Efraim Filho (União Brasil-PB), aguarda a indicação oficial para dar prosseguimento.

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