05 de jun 2025
Petrobras reduz home office para funcionários administrativos após impasses e greves
Petrobras reduz home office para dois dias, gerando descontentamento entre funcionários. FNP planeja assembleia para discutir greve.
Votação da assembleia pela aprovação da greve de petroleiros em março de 2025, em Cabiúnas, Macaé (RJ). (Foto: Divulgação/FUP)
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Após meses de impasses e greves, a Petrobras anunciou a redução do home office para dois dias por semana para funcionários administrativos, a partir de segunda-feira (2). A mudança gerou descontentamento entre os trabalhadores, especialmente entre os sindicatos que ainda não assinaram o novo acordo.
Dois sindicatos, o Sindipetro do Litoral Paulista e o Sindipetro do Rio de Janeiro, não concordaram com as novas regras. Ana Paula Baião, diretora do Sindipetro-RJ e da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP), destacou a revolta entre os funcionários. A Petrobras, por sua vez, afirmou que a maioria dos sindicatos aprovou o acordo e que gerentes já trabalhavam presencialmente três dias por semana desde setembro de 2024.
A FNP, que representa cinco sindicatos, planeja uma assembleia para discutir a possibilidade de greve. Em 2024, a Petrobras contava com 41,7 mil funcionários, dos quais mais da metade tinha direito a três dias de trabalho remoto. A federação argumenta que grupos específicos, como pais de crianças com deficiência, deveriam ter direito ao home office integral.
A Petrobras afirmou que a mudança visa melhorar a integração das equipes e a agilidade na entrega de resultados. A nova jornada de trabalho terá validade de dois anos, e qualquer alteração deverá ser aprovada com a intermediação sindical. A FNP criticou a cláusula que permite a gestores cancelarem o teletrabalho a qualquer momento.
Cibele Vieira, diretora da Federação Única dos Petroleiros (FUP), observou que a Petrobras mudou sua postura, passando a negociar as condições do teletrabalho. Até o momento, dez dos doze sindicatos da FUP assinaram o acordo.
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