07 de jun 2025

Pecuarista aponta especulação imobiliária como principal causa do desmatamento na Amazônia
Especulação imobiliária é apontada como a principal causa do desmatamento na Amazônia, segundo Mauro Lúcio, presidente da Acripará.
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O pecuarista Mauro Lúcio, presidente da Associação de Criadores do Pará (Acripará), afirmou que a especulação imobiliária é a principal responsável pelo desmatamento na Amazônia, e não a agropecuária. Durante o evento TEDxAmazônia, realizado em Belém, Lúcio destacou que especuladores desmatam a floresta para plantar pasto, visando a valorização da terra, mesmo que não esteja legalizada.
Lúcio argumentou que muitos pecuaristas consideram a atividade pecuária não rentável, o que levanta a questão: por que desmatar para criar gado? Ele enfatizou que o que realmente gera lucro é a valorização da terra desmatada. “O grosso do desmatamento é feito pela especulação imobiliária”, afirmou.
Produção Responsável
O presidente da Acripará defendeu a pecuária legal e criticou a falta de fiscalização na regularização fundiária. Ele mencionou que a facilidade de comercialização de terras invadidas ilegalmente contribui para o aumento do desmatamento. “Se a terra desmatada ilegalmente não tiver mercado, o desmatamento acaba. É simples assim,” disse Lúcio.
Ele também comparou a venda de propriedades rurais à venda de veículos, onde a legalidade é verificada. “Uma fazenda que não está dentro da legalidade é vendida normalmente,” destacou. Lúcio pediu uma aplicação mais eficiente da legislação de regularização fundiária para combater o problema.
Sustentabilidade e Qualidade de Vida
Lúcio enfatizou a importância de um trabalho que respeite as áreas de floresta e promova a sustentabilidade. Ele acredita que melhorar a fertilidade e o manejo das pastagens nas áreas adequadas pode aumentar a lucratividade e proporcionar dignidade e qualidade de vida para as pessoas.
A fala de Mauro Lúcio no TEDxAmazônia reflete uma tentativa de unir a produção agropecuária à preservação ambiental, em um contexto onde a COP30 se aproxima, trazendo à tona a necessidade de um debate mais amplo sobre o uso da terra na Amazônia.
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