Trump transforma governo em ferramenta de vingança e recompensa para aliados

O governo de Donald Trump tem se destacado por ações que favorecem aliados e punem adversários. Recentemente, Trump intensificou suas táticas, ameaçando contratos de Elon Musk após uma ruptura e ordenando investigações contra críticos e instituições que considera hostis, como Harvard e Columbia.

Trump utiliza ordens executivas e investigações federais para direcionar o poder do governo contra uma variedade de alvos. Isso inclui desde universidades renomadas até ex-assessores de Joe Biden. O presidente também tem recompensado aliados com perdões e contratos governamentais, enquanto impõe penalidades a quem se opõe a ele.

A recente separação de Musk e Trump exemplifica essa abordagem. Quando Musk, anteriormente um aliado, começou a se distanciar, Trump ameaçou cancelar contratos de suas empresas. Em entrevista, Trump afirmou que Musk enfrentaria "consequências muito sérias" se decidisse apoiar campanhas democratas.

A estratégia de Trump tem sido comparada a métodos autoritários, onde a lealdade pessoal é crucial para a manutenção de contratos e proteção contra investigações. Ian Bassin, cofundador do grupo Protect Democracy, destacou que essa prática é sem precedentes na história dos EUA, comparando-a a regimes autocráticos.

Além disso, Trump tem revogado autorizações de segurança de críticos e ordenado investigações sobre teorias da conspiração. Instituições como Harvard enfrentam múltiplas investigações federais, enquanto Trump também cancelou bilhões em subsídios de pesquisa para universidades que considera adversárias.

A diferença entre Trump e Nixon é notável. Enquanto Nixon buscava retaliar adversários, Trump parece ter uma agenda mais ampla de desmantelamento de instituições independentes. A falta de resistência significativa dentro do governo atual permite que Trump avance rapidamente em suas ações, sem o mesmo nível de oposição que Nixon enfrentou.