10 de jun 2025

Campos Neto critica governo Lula por aumento do IOF e erro na inflação
Roberto Campos Neto critica a alta do IOF e defende foco na oferta para crescimento econômico sustentável, destacando a falta de credibilidade fiscal no Brasil.
Foto:Reprodução
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O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, criticou a política fiscal do governo federal em evento da holding financeira B.Side, realizado em São Paulo, nesta terça-feira, 10. Ele destacou a recente alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) como um exemplo de medidas que podem restringir o crescimento econômico.
Campos Neto argumentou que a abordagem do governo, que busca estimular a demanda, é equivocada. "É preciso gerar oferta para ter crescimento sustentável," afirmou. O ex-presidente enfatizou que o IOF, ao criar incertezas para investidores, pode limitar o lucro de capital e, consequentemente, desestimular investimentos no Brasil.
Críticas à Política Fiscal
O ex-presidente do BC comparou a política fiscal brasileira com a dos Emirados Árabes, que atraem capital por meio de um ambiente mais estável. "Temos que dar estabilidade para quem quer entrar e sair a hora que quiser," disse. Ele defendeu que soluções para problemas econômicos devem vir do setor privado, e não de intervenções públicas.
Além disso, Campos Neto elogiou a atual política monetária, afirmando que, se estivesse no cargo, tomaria decisões semelhantes. "Não há críticas a fazer sobre a política monetária," destacou, referindo-se ao aumento da taxa Selic, atualmente em 14,75%. Ele acredita que a taxa não deve retornar a um dígito devido à falta de credibilidade fiscal no Brasil.
Expectativas Futuras
Sobre o futuro político, Campos Neto mencionou uma oportunidade para a oposição em 2026, esperando que a população não deixe essa chance passar. Ele também comentou sobre a possibilidade de a Selic cair para 13%, mas ressaltou que isso ainda representaria uma taxa alta, considerando o contexto econômico atual. "A taxa está restritiva," concluiu, referindo-se aos sinais de superaquecimento da economia que justificaram as elevações anteriores.
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