17 de jun 2025
Alcolumbre apoia Omar Aziz para presidência da CPI do INSS no Senado
CPI do INSS deve investigar perdas de R$ 6 bilhões a aposentados, com presidência definida por Davi Alcolumbre e relatoria em discussão na Câmara.
Senador Omar Aziz (Foto: Reprodução)
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou seu apoio ao senador Omar Aziz (PSD-AM) para presidir a CPI do INSS, que investigará cobranças ilegais a aposentados e pensionistas. A instalação da comissão, que deve ocorrer no segundo semestre, é considerada inevitável, apesar da resistência inicial do governo.
A presidência da CPI será ocupada por um senador, enquanto a relatoria será definida pela Câmara. O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ainda não chegou a um consenso sobre o relator. A oposição sugere que um deputado do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, assuma o cargo, mas há divergências sobre o perfil ideal.
A escolha de Omar Aziz atende a um pedido dos governistas, que desejam um membro da base com perfil moderado. Alcolumbre declarou: "É o meu candidato, trabalho para ele." A CPI surge em meio a investigações que revelaram que 4,2 milhões de aposentados e pensionistas foram vítimas de cobranças irregulares, totalizando perdas superiores a R$ 6 bilhões.
Contexto das Investigações
A criação da CPI foi impulsionada pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT) e pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que coletaram assinaturas suficientes para o pedido. Inicialmente, o governo se opôs à instalação, mas mudou de postura com o avanço das tratativas. Agora, busca influenciar a relatoria e a presidência da comissão.
As investigações, conhecidas como Operação Sem Desconto, resultaram na exoneração do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, e na prisão de envolvidos no esquema. O Ministério da Previdência lançou um sistema para que beneficiários possam contestar descontos indevidos, enquanto a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) também realizam apurações.
A narrativa do governo aponta que a maioria dos convênios suspeitos foi firmada entre 2019 e 2022, durante a gestão de Jair Bolsonaro. Relatórios internos já indicavam irregularidades antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva, mas a manutenção desses contratos gerou um passivo político complicado para a atual administração.


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