18 de jun 2025

Governo aproveita recesso para planejar ações e aliviar pressão política
Lula enfrenta crise no governo após derrota no Congresso e falta de apoio, complicando articulações políticas e resultados administrativos.
Plenário da Câmara dos Deputados durante sessão do Congresso (Foto: Andressa Anholete/Agência Senado)
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Lula enfrenta um cenário desafiador em seu terceiro mandato, marcado por mudanças ministeriais e uma relação tensa com o Congresso. Recentemente, o governo sofreu uma derrota significativa na votação de urgência para Projetos de Decreto Legislativo, evidenciando a falta de apoio entre os aliados.
No primeiro semestre de 2025, Lula não tem boas notícias para celebrar. Após mudanças na equipe ministerial, a administração enfrenta dificuldades em apresentar resultados concretos. As visitas aos estados têm sido esporádicas e sem impacto, como demonstrado em sua recente viagem a Pernambuco, onde fez uma declaração controversa sobre a seca no sertão.
A articulação política do governo parece falhar, com ministros relutantes em defender a administração. Lula se reuniu com Hugo Motta e Arthur Lira no Palácio da Alvorada, mas não houve avanços. A derrota na votação da urgência para os PDLs, que visam derrubar um decreto de aumento do IOF, expõe a fragilidade da base aliada.
Desafios no Congresso
A situação no Congresso é alarmante. Menos de 100 votos são controlados pelo núcleo petista na Câmara, e no Senado, a situação é ainda mais crítica, com a expectativa de que o grupo fiel a Lula não chegue a 20 senadores. A insatisfação entre os partidos do Centrão aumenta, enquanto a equipe de articulação política é composta majoritariamente por petistas, dificultando o diálogo.
Além disso, a criação da CPI Mista do INSS foi um golpe adicional para o governo. Com o recesso se aproximando, não há perspectivas de que a situação melhore. O governo precisa aprovar até 30 de setembro um projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, considerado crucial para recuperar a popularidade de Lula.
O clima na Esplanada é de apatia e desconfiança. A liberação de emendas pode não ser suficiente para reverter a falta de apoio no Congresso. A administração enfrenta um segundo semestre complicado, com desafios que podem impactar diretamente a governabilidade e a popularidade do presidente.
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