19 de jun 2025

Lula apoia exploração de petróleo na Amazônia antes da COP30
Lula defende exploração de petróleo na Margem Equatorial para financiar a transição energética, enquanto ambientalistas alertam sobre riscos.

Presidente Lula (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em evento da fábrica da Nissan, em Resende (RJ) (Foto: Mauro Pimentel/AFP)
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, nesta quinta-feira (19), a exploração de novas reservas de petróleo na Margem Equatorial, próxima à Amazônia. Em entrevista ao podcast do rapper Mano Brown, Lula afirmou que o mundo "não está preparado" para abandonar os combustíveis fósseis, destacando a necessidade de uma transição energética.
A Petrobras, estatal brasileira, aguarda licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar um megaprojeto na região. Lula argumentou que a exploração de petróleo pode gerar recursos para financiar a transição energética. "Por que a gente não pode explorar essa riqueza nossa para que a gente possa fazer outra riqueza acontecer?", questionou o presidente.
A Margem Equatorial possui reservas estimadas em pelo menos 10 bilhões de barris de petróleo bruto. Lula ressaltou que a exploração ocorrerá a 545 km da costa, em águas internacionais, onde outros países, como Guiana e Suriname, já realizam perfurações. Ele também mencionou que o Brasil já incorpora 30% de etanol na gasolina e 15% de biodiesel no óleo diesel, buscando alternativas mais sustentáveis.
Grupos ambientalistas criticam os planos de exploração, alertando para os riscos que podem representar para a Amazônia e seu papel no combate ao aquecimento global. Recentemente, o Brasil concedeu 19 das 47 áreas de exploração na Margem Equatorial a consórcios liderados pela Petrobras-ExxonMobil e Chevron-CNPC, totalizando R$ 844 milhões. Essa concessão também enfrenta resistência de ambientalistas e do Ministério Público, que pedem a suspensão dos leilões.
O Brasil se prepara para sediar a COP30 em novembro, em Belém, onde a discussão sobre mudanças climáticas e a transição energética será central.
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