23 de jun 2025

João Campos tenta ampliar PSB com políticos de outras correntes ideológicas
João Campos negocia filiação de JHC e federação com o Cidadania para ampliar base do PSB e fortalecer posição política.

Prefeito do Recife e presidente do PSB, João Campos, na sede do partido, em Brasília (Foto: Gabriela Biló - 29.mai.25/Folhapress)
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Integrantes do PSB observam que João Campos, prefeito do Recife e novo presidente da legenda, busca atrair políticos de fora da esquerda, seguindo uma estratégia semelhante à de seu pai, Eduardo Campos. O objetivo é aumentar a votação do partido, que precisa de mais filiações. Campos afirmou que "trazer mais gente não significa que todo mundo pense igual" e defendeu a inclusão de "defensores da democracia".
Recentemente, Campos tem negociado a filiação do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC, além da criação de uma federação com o Cidadania. Essa federação poderia ampliar a base do PSB e fortalecer sua posição política, sem a intenção de lançar um candidato à presidência em 2026. O partido deseja manter Geraldo Alckmin como vice do presidente Lula.
Eduardo Campos, em sua campanha presidencial de 2014, filiou políticos de direita ao PSB, como a senadora Tereza Cristina e Paulo Bornhausen. A maioria do PSB apoiou o impeachment de Dilma Rousseff e alguns integrantes respaldaram o governo Jair Bolsonaro. As negociações atuais com JHC e o Cidadania começaram sob a presidência de Carlos Siqueira.
A federação com o Cidadania exigiria que o PSB negociasse suas candidaturas majoritárias com um partido que possui integrantes à direita. O deputado federal Alex Manente, do Cidadania, se definiu como político de centro-direita e destacou a importância de evitar a polarização. Campos acredita que uma frente ampla em 2026 é essencial para que partidos de centro não se unam aos de direita.
Enquanto isso, setores do PSB divergem sobre a federação. Alguns acreditam que Campos deseja fortalecer o partido sem se vincular a outra legenda, o que facilitaria uma futura candidatura presidencial. Outros consideram que a aliança é uma decisão coletiva e que Campos não descartou as negociações ao assumir a presidência do PSB. Ele enfatizou que a maioria do partido é favorável à aliança e que a decisão deve ser coletiva.
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