25 de jun 2025

'Jabutis' de energia provocam conflitos entre governo e aliados de Lula no Congresso
Insatisfação cresce entre aliados do governo Lula após derrubada de vetos, revelando falhas na articulação política e críticas à liderança de Randolfe Rodrigues.

Prédios dos ministérios e do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Pedro Ladeira - 5.jul.24/Folhapress)
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A derrubada de vetos presidenciais que beneficiaram o setor elétrico e elevaram a conta de luz gerou insatisfação no governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entre aliados. O episódio revelou falhas na articulação política, especialmente sob a liderança de Randolfe Rodrigues (PT-AP).
A demora na análise de uma minuta de medida provisória (MP) do Ministério de Minas e Energia, que visava reduzir custos de subsídios, é um dos pontos críticos. A minuta não foi enviada a tempo para votação, resultando na derrubada de oito vetos. Após o ocorrido, Randolfe anunciou o envio da MP, mas há ceticismo sobre sua eficácia.
Críticas à Condução Política
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI), liderada por Gleisi Hoffmann, afirmou ter sido surpreendida por um acordo que incluiu itens adicionais na votação. Inicialmente, a expectativa era que apenas parte dos vetos fosse derrubada. A SRI destacou que a inclusão de dispositivos como PCHs e usinas a hidrogênio foi inesperada.
Relatos indicam que, antes da votação, houve reuniões entre ministros e líderes do Congresso para evitar a apreciação dos vetos. No entanto, um acordo ampliado foi fechado, resultando na derrubada de mais itens do que o planejado. Deputados do PT expressaram descontentamento com Randolfe em grupos de WhatsApp, criticando a falta de clareza nas negociações.
Insatisfação e Consequências
A insatisfação entre parlamentares é palpável, especialmente devido à demora na liberação de emendas. A votação ocorreu em um contexto de descontentamento com o governo, que já havia enfrentado derrotas recentes, como a aprovação de um projeto que derruba um decreto do IOF.
A avaliação é de que, se a MP tivesse sido enviada antes, a derrubada dos vetos poderia ter sido evitada. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, se distanciou das negociações, afirmando que a responsabilidade pela articulação política era da SRI. A situação evidencia a fragilidade da base aliada e os desafios enfrentados pelo governo no Congresso.
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