29 de jun 2025




Ato bolsonarista em SP tem público reduzido por jogo e fim do mês
A manifestação de Jair Bolsonaro em São Paulo reuniu apenas 12,4 mil pessoas, gerando críticas da oposição e questionamentos sobre o engajamento da base.

Ato de bolsonaristas neste domingo (29), em São Paulo (Foto: Eduardo Knapp/Folhapress)
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O ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no último domingo, 29 de outubro, na Avenida Paulista, atraiu apenas 12,4 mil pessoas, um número consideravelmente menor em comparação a manifestações anteriores. O evento, que visava demonstrar apoio ao ex-presidente em um momento de tensão política, foi marcado por críticas à participação reduzida.
Os próprios apoiadores de Bolsonaro reconheceram que o público estava visivelmente menor. O deputado Sóstenes Cavalcante, líder do PL no Congresso, atribuiu a baixa adesão a fatores como o final do mês e a coincidência com um jogo do Flamengo na Copa do Mundo de Clubes. "Muitos enfrentam despesas com transporte", afirmou. A medição do público foi realizada pelo Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common, que utilizou drones e inteligência artificial.
Fatores que Influenciaram a Participação
Além do final do mês, o início das férias escolares também foi citado como um fator que desmotivou a presença de apoiadores. Cavalcante desafiou a oposição a mobilizar um número semelhante de participantes, destacando que a manifestação, embora menor, ainda era significativa. Em eventos anteriores, como em abril, o ex-presidente reuniu cerca de 44,9 mil pessoas.
Durante o ato, Bolsonaro fez um apelo por anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro e enfatizou a importância de obter 50% da Câmara e do Senado nas próximas eleições para mudar o rumo do Brasil. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, também presente, pediu pacificação e incentivou gritos de ordem como "Fora PT" e "Volta, Bolsonaro".
Críticas da Oposição
A manifestação foi alvo de críticas por parte de líderes da oposição. O deputado Lindbergh Farias, do PT, descreveu o evento como um "fiasco", ressaltando que houve reza, teorias da conspiração e ataques ao STF. Ele também criticou a postura do governador de São Paulo, que, segundo ele, tentou se mostrar moderado enquanto atacava o PT e exaltava Bolsonaro.
O ato, apesar de menor, buscou manter a mobilização em torno das pautas do PL e do ex-presidente, que enfrenta processos no STF. A queda na participação levanta questões sobre o engajamento da base bolsonarista e o impacto de eventos esportivos e financeiros nas mobilizações políticas.
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