30 de jun 2025



Haddad defende aumento de impostos como ferramenta de justiça social do governo
Haddad garante justiça social no lançamento do Plano Safra, com R$ 89 bilhões para crédito rural e isenção de impostos para salários de até R$ 5 mil.

Fernando Haddad, Ministro da Fazenda do Governo Lula (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta segunda-feira, durante o lançamento do Plano Safra 2025/2026, que o governo brasileiro continuará a promover justiça social. A declaração surge em meio a críticas sobre propostas de aumento de impostos, incluindo a revogação do decreto do IOF. Haddad destacou que as críticas não o intimidam e que o governo está comprometido em isentar o imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil.
O evento, realizado no Palácio do Planalto, também contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a importância do crédito rural para pequenos agricultores. O plano prevê R$ 89 bilhões em investimentos, com R$ 78,2 bilhões destinados ao Pronaf (Programa Nacional de Apoio ao Pequeno Produtor Rural), um aumento em relação aos R$ 76 bilhões do ano anterior.
Medidas de Apoio
Haddad criticou a oposição e defendeu que o governo está apenas fechando brechas fiscais que favorecem grandes empresários. Ele mencionou que a discussão sobre aumento de impostos é, na verdade, uma reação à eliminação de privilégios. O limite para a compra de máquinas e equipamentos menores foi ampliado de R$ 50 mil para R$ 100 mil, mantendo a taxa de juros em 2,5%.
Lula, por sua vez, destacou que uma taxa de juros de 5% em um cenário de inflação de 5% equivale a uma taxa de juros zero. O evento também abordou a importância de políticas que melhorem a qualidade de vida dos pequenos produtores, com foco em crédito rural, seguro agrícola e assistência técnica.
Críticas e Respostas
Haddad aproveitou a ocasião para criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro, questionando sua moralidade ao discutir tributação. Ele afirmou que o governo está comprometido em respeitar o trabalhador que paga suas contas em dia. O ministro também se referiu a "jabutis", projetos que favorecem interesses empresariais, e reiterou a necessidade de fechar essas brechas na legislação.
O governo busca equilibrar a arrecadação tributária com a promoção de justiça social, visando aliviar a carga sobre os mais pobres. As propostas incluem isenção de impostos para salários de até R$ 5.000 e tarifas de energia reduzidas para consumidores que utilizam até 80 kWh. Essas iniciativas visam garantir que as pessoas possam viver de suas capacidades profissionais sem depender de programas assistenciais.
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