30 de jun 2025

Trump desiste de projeto de caça de 6ª geração da Marinha dos EUA
Trump propõe orçamento militar de US$ 892,6 bilhões, priorizando F 47 e reduzindo F 35, enquanto investe em drones e bombardeiro B 21.

Uma das imagens da Boeing ilustrando como seria o novo caça naval da empresa (Foto: Boeing/Divulgação)
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A proposta orçamentária para a defesa dos Estados Unidos, referente ao ano fiscal de 2026, foi enviada ao Congresso e apresenta um valor de US$ 892,6 bilhões. O montante é semelhante ao da proposta anterior de Joe Biden, com foco na modernização e em novos programas militares.
A nova administração de Donald Trump alterou as prioridades, priorizando o desenvolvimento do F-47 da Força Aérea em detrimento do caça naval F/A-XX. O orçamento destina apenas US$ 74 milhões para o programa F/A-XX, que visa substituir os F-35 e F/A-18, enquanto o F-47 já recebeu US$ 3,5 bilhões. O secretário de Defesa, Pete Hegseth, confirmou essas informações em audiência no Congresso.
Historicamente, a Força Aérea e a Marinha desenvolvem caças de mesma geração em paralelo. O novo caça de sexta geração, que deve aprimorar capacidades furtivas e integrar drones, teve seu desenvolvimento do F/A-XX praticamente engavetado. Analistas especulam sobre a possibilidade de uma variante naval do F-47 no futuro, mas isso exigiria modificações significativas.
Mudanças nas Encomendas
A proposta de Trump também inclui cortes na compra de F-35, reduzindo de 74 para 47 unidades. O valor economizado será direcionado à modernização da frota existente. Em contrapartida, a Boeing se beneficia com o aumento das encomendas do F-15EX, que saltaram de 98 para 129 aviões, totalizando US$ 3 bilhões.
Além disso, o orçamento prevê investimentos em drones com inteligência artificial e a continuidade do projeto do bombardeiro de nova geração B-21. O aumento de 3,8% nos salários das tropas também está incluído, enquanto os US$ 25 bilhões destinados ao sistema antimísseis Domo Dourado foram realocados para um projeto de defesa maior em tramitação.
A Marinha, por sua vez, planeja incluir mais 15 navios em projetos separados, embora apenas três estejam previstos no orçamento atual. A proposta não deve enfrentar grandes obstáculos no Congresso, dado o histórico de apoio bipartidário a gastos militares.
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