INSS combate desinformação durante CPMI sob relatoria de Nikolas Ferreira

O presidente do INSS, Gilberto Waller, criticou informações falsas sobre fraudes divulgadas pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que geraram pânico entre aposentados e pensionistas. Em entrevista ao programa Poder e Mercado, Waller enfatizou a necessidade de transparência na CPMI que investiga essas irregularidades.

Waller destacou que o vídeo de Nikolas confundiu empréstimos consignados com descontos associativos, alegando um prejuízo de 90 bilhões de reais, uma informação que ele considera falsa. O presidente do INSS afirmou que a desinformação pode causar ansiedade e desconfiança entre os beneficiários, levando-os a buscar ajuda de pessoas mal-intencionadas.

Para acalmar os 27 milhões de aposentados e pensionistas, o INSS comunicou que não houve descontos associativos e que não era necessário contratar advogados. Waller reiterou seu compromisso com a transparência verdadeira, ressaltando que a população merece informações corretas e esclarecedoras.

O vídeo de Nikolas Ferreira, que acumulou mais de 134 milhões de visualizações, foi criticado por transformar uma questão séria em um "espetáculo". O deputado descreveu um suposto esquema fraudulento como o “maior escândalo da história do Brasil”, atacando o governo de Luiz Inácio Lula da Silva por não investigar os desvios.

Reações do governo foram rápidas, com integrantes do governo Lula e aliados respondendo às acusações nas redes sociais. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, contestaram as afirmações sem mencionar diretamente o deputado. A polarização em torno do tema se intensificou, refletindo a divisão política atual.