Lula retorna a Salvador e busca reverter alta na reprovação entre eleitores baianos

O presidente Lula (PT) participou nesta quarta-feira, 2 de julho, do ato em Salvador que celebra a independência do Brasil na Bahia. Esta é a quarta vez consecutiva que Lula comparece ao evento, que reúne políticos e a sociedade civil local. No entanto, a visita ocorre em um cenário de queda na aprovação popular do presidente no estado, com pesquisas recentes indicando que a desaprovação supera a aprovação.

Dados da pesquisa Quaest mostram que 51% dos baianos desaprovam o governo de Lula, enquanto 47% o aprovam, representando um aumento de 18 pontos em relação a dezembro. Outra pesquisa, realizada pelo Paraná Pesquisas, revelou que 52,6% dos baianos desaprovam o trabalho do presidente, em contraste com 44% que o apoiam. Essa mudança de cenário acendeu um alerta no Planalto, levando assessores a considerar a presença de Lula no evento como crucial para a reaproximação com os eleitores, visando as eleições de 2026.

Reaproximação com a Bahia

Para reforçar essa conexão, Lula anunciou um projeto de lei que visa tornar o dia 2 de julho uma data nacional, o Dia Nacional da Consolidação da Independência do Brasil. Embora não transforme a data em feriado, a proposta busca destacar a importância histórica da expulsão das tropas portuguesas de Salvador em 1823. Em um vídeo, o presidente enfatizou que, embora D. Pedro tenha feito o famoso grito da independência, foi em 2 de julho que os baianos garantiram a saída definitiva dos portugueses.

Durante o desfile, Lula esteve acompanhado de figuras importantes, como o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e a primeira-dama Janja. A comitiva também incluiu os ex-governadores Rui Costa e Jaques Wagner. O evento é visto como uma oportunidade para Lula reafirmar seu compromisso com o estado, onde o PT tem uma base sólida, tendo conquistado 72% dos votos na Bahia nas últimas eleições presidenciais.

Projetos para o Futuro

Além da proposta de lei, o governo federal planeja reforçar investimentos na Bahia, como as obras da ponte Salvador-Itaparica, que custará 11 bilhões de reais e visa conectar a capital à ilha. Essa iniciativa é parte do Novo PAC e busca revitalizar a imagem do governo entre os baianos, que historicamente têm apoiado Lula em suas campanhas.