02 de jul 2025

Parlamento do Reino Unido aprova banimento de grupo ativista pró-Palestina
Parlamento do Reino Unido aprova proibição do grupo Palestine Action, gerando críticas de especialistas da ONU e organizações de direitos humanos.

Foto: Reprodução
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O Parlamento do Reino Unido aprovou, na quarta-feira, a proibição do grupo Palestine Action, que busca interromper as operações de fabricantes de armas que abastecem o governo israelense. A votação foi de 382 a 26 a favor da medida, após um incidente em que ativistas do grupo danificaram aeronaves militares na maior base aérea do país.
A proposta de proibição será analisada na Câmara dos Lordes nesta quinta-feira. Se aprovada, a banificação entrará em vigor em poucos dias, tornando ilegal ser membro ou apoiar o Palestine Action. A decisão equipara o grupo a organizações terroristas como Hamas e ISIS, gerando críticas de especialistas da ONU e de organizações de direitos humanos.
A secretária de Estado para a Segurança, Yvette Cooper, confirmou a intenção de proscrever o grupo após ativistas terem vandalizado dois Airbus Voyagers, alegando que as aeronaves transportam carga militar e reabastecem aviões israelenses. No entanto, fontes do Ministério da Defesa afirmaram que os RAF Voyagers não realizam tais operações.
Palestine Action anunciou que iniciará ações legais contra a decisão do governo. A cofundadora Huda Ammori afirmou que a proibição reflete práticas de regimes autoritários que usam leis antiterrorismo para silenciar a dissidência. Se a proibição for implementada, será a primeira vez na história do Reino Unido que um grupo de protesto por ação direta é classificado sob legislação antiterrorista.
Organizações de direitos humanos criticaram a medida, considerando-a um ataque à liberdade de expressão e ao direito de protesto. Sacha Deshmukh, da Amnesty International, alertou que a proibição pode resultar em uma "interferência ilegal" nos direitos de assembleia pacífica. Especialistas da ONU expressaram preocupação com a rotulação de um movimento de protesto político como "terrorista".
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