Trump insiste na renúncia imediata de Powell à frente do banco central dos EUA

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a renúncia imediata de Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve, em uma postagem na rede social Truth Social. Trump, que indicou Powell para o cargo em 2018, expressou sua insatisfação com a liderança do banco central, afirmando que o Fed deveria agir de forma mais agressiva em relação às taxas de juros.

A pressão sobre Powell aumentou após críticas de Trump sobre a política monetária, especialmente em relação à taxa de juros, que atualmente varia entre 4,25% e 4,5%. O ex-presidente acredita que cortes nas taxas são essenciais para estimular o crescimento econômico, especialmente em um cenário de incertezas. Recentemente, Trump se referiu a Powell como "o Lerdão", intensificando suas críticas.

Tensão entre Trump e Powell

As tensões entre Trump e Powell se agravaram após o diretor da Agência Federal de Financiamento de Habitação, Bill Pulte, acusar Powell de mentir durante uma audiência no Senado. Pulte questionou a veracidade das informações apresentadas por Powell, o que levou Trump a solicitar uma investigação sobre sua conduta. Apesar das pressões, Powell reafirmou seu compromisso com a independência do Fed e suas decisões baseadas em análises econômicas.

Powell, que tem mandato até maio de 2026, já declarou que não renunciará, mesmo diante das pressões. Ele indicou que um corte de juros poderia ser considerado em julho, dependendo da situação econômica. A postura cautelosa de Powell visa garantir a estabilidade econômica, enquanto Trump busca ações imediatas que podem ter consequências a longo prazo.

Implicações para a Política Monetária

A relação entre Trump e Powell representa um desafio significativo para a administração atual. Trump e seus aliados sugeriram que poderiam tentar remover Powell, um movimento que desafiaria a independência do Fed, garantida por lei. A demissão de um presidente do Fed só pode ocorrer por justa causa, como má conduta, e não por divergências políticas.

Analistas destacam que a pressão de Trump é parte de uma tentativa mais ampla de controlar a política monetária para atender a seus objetivos eleitorais. A situação atual reflete um embate entre a busca por crescimento econômico imediato e a necessidade de uma política monetária equilibrada e independente.