03 de jul 2025

Câmara deve priorizar pautas próprias enquanto Lula foca em propostas do PT
Hugo Motta desafia o governo Lula ao pautar a derrubada do aumento do IOF, buscando mais protagonismo na Câmara e propondo reformas.

Hugo Motta em sessão na Câmara para votar projeto que cancela decreto do governo que elevou o IOF (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O presidente da Câmara, Hugo Motta, enfrenta um cenário tenso com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. A insatisfação surge devido à priorização de propostas do PT, que ignora sugestões de partidos da base aliada, como Republicanos e MDB. Recentemente, Motta surpreendeu ao pautar a derrubada do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), levando o governo a recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão de Motta, que havia sinalizado apoio ao governo, gerou descontentamento entre aliados. A Câmara busca um papel mais ativo na política, enquanto Motta planeja reformas administrativas e de segurança pública. A insatisfação com a representação na Esplanada dos Ministérios é crescente, e a janela para uma reforma ministerial parece ter se fechado, com menos de um ano até as eleições de 2026.
A derrubada do decreto ocorreu em uma sessão remota, surpreendendo o governo, que não foi avisado com antecedência. A votação foi marcada para a véspera, às 23h35, e aprovada tanto pela Câmara quanto pelo Senado. O líder do MDB, Isnaldo Bulhões, criticou a falta de diálogo do governo e destacou que as propostas de outros partidos não estão sendo consideradas.
A tentativa do governo de aumentar o IOF visava ampliar a arrecadação, mas não incluiu medidas de corte de gastos, gerando resistência no Congresso. A proposta de aumento da tributação sobre fintechs e apostas também enfrenta oposição. O deputado Pedro Lupion, coordenador da bancada ruralista, afirmou que a ação de Motta foi um passo importante para que o Congresso seja respeitado.
Motta, em busca de deixar sua marca, planeja uma reforma administrativa e já formou um grupo de trabalho para discutir o tema. Ele também considera essencial a regulamentação da Inteligência Artificial e projetos relacionados à segurança pública. A proposta de emenda à Constituição enviada pelo governo sobre segurança pública será debatida com a participação ativa da Câmara, segundo Motta.
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