03 de jul 2025



Laura Sarabia renuncia ao cargo de chanceler do governo de Petro após desavenças
A renúncia de Laura Sarabia acirra a crise ministerial no governo de Gustavo Petro, afetando a emissão de passaportes e contratos.

A chanceler da Colômbia, Laura Sarabia, em Bogotá. (Foto: Carlos Ortega - EFE)
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O governo de Gustavo Petro enfrenta uma nova crise ministerial com a renúncia da chanceler Laura Sarabia, anunciada nesta quinta-feira, 3. A decisão ocorre em meio a desentendimentos sobre a emissão de passaportes, especialmente em relação ao contrato com a Casa da Moeda de Portugal.
Em sua carta de renúncia, Sarabia expressou que não poderia apoiar decisões que não compartilhava, afirmando que se tratava de um "rumo" que não poderia mais executar. O desentendimento se intensificou devido à insistência do governo em romper com a empresa Thomas Greg & Sons, responsável pela emissão de passaportes, que Sarabia defendia.
A ex-chanceler, que ocupou o cargo desde janeiro, teve um papel central nas discussões sobre a renovação do contrato com a Thomas Greg & Sons. Enquanto Sarabia pressionava pela prorrogação, o presidente Petro e o novo secretário privado, Alfredo Saade, optaram por seguir com o plano de firmar um novo contrato com a Casa da Moeda de Portugal, que começará a operar em setembro.
Crise na Emissão de Passaportes
A saída de Sarabia marca a segunda vez que um chanceler deixa o cargo por questões relacionadas a contratos de passaportes. O antecessor, Álvaro Leyva, foi inabilitado após não renovar o contrato com a Thomas Greg & Sons, levando a uma investigação sobre sua conduta. Desde o início de sua gestão, Petro tem se oposto a licitações que favoreçam um único fornecedor.
Sarabia expressou preocupação com a falta de um acordo formal com Portugal para garantir a produção de passaportes. Em resposta, Saade assegurou que a Colômbia não enfrentará problemas na emissão, afirmando que a diretora da Imprensa Nacional já estava em negociações com Portugal desde janeiro do ano passado.
Com apenas 31 anos, Sarabia teve uma ascensão rápida no governo, mas sua saída evidencia a instabilidade na administração de Petro, que já contabiliza mais de 50 mudanças ministeriais em três anos. A situação se complica ainda mais com a resistência do Congresso e os desafios nas reformas propostas pelo governo.
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