04 de jul 2025


Lula intensifica crise com Motta e provoca tensões no governo federal
Tensões entre o governo e a Câmara aumentam com ataques a Hugo Motta e investigações da Polícia Federal, complicando a aprovação de projetos.

Lula e Hugo Motta em encontro em dezembro de 2024 (Foto: Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
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A relação entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e a Câmara dos Deputados, sob a liderança de Hugo Motta, se deteriorou ainda mais. Os ataques de petistas a Motta intensificaram a crise, especialmente em relação ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O clima tenso pode dificultar a aprovação de projetos do governo.
Motta, que se tornou alvo de críticas diretas de Lula, afirmou a aliados que a situação em torno do IOF está em um "caminho sem volta". Ele acredita que o presidente o escolheu como alvo, o que pode levar a um impasse nas votações de interesse do Planalto. Um presidente de partido comentou que, se o governo não conseguir avançar no Congresso, Lula poderá atribuir a culpa a Motta e a forças opositoras.
Investigação e Desconfiança
A desconfiança em relação a Motta é crescente entre os auxiliares de Lula, que o veem mais alinhado com a oposição. Investigações da Polícia Federal sobre a família de Motta também contribuem para essa percepção. Um auxiliar do presidente lembrou que o chefe da Câmara tem "telhado de vidro", o que pode limitar sua capacidade de confrontar o governo.
Apesar das tensões, há tentativas de amenizar a situação. A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, se reuniu com Motta e fez gestos de aproximação, enfatizando que divergências políticas não justificam ataques pessoais. Ela destacou a importância de manter o diálogo para evitar uma escalada de conflitos.
Projetos em Pauta
Enquanto isso, Motta continua a pautar projetos polêmicos, como a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Essa proposta deve ser discutida na próxima reunião de líderes, gerando descontentamento entre os governistas. O governo, por sua vez, mantém a defesa do aumento do IOF e busca a aprovação de uma proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que depende do Legislativo.
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