05 de jul 2025


Haddad defende imposto sobre grandes fortunas em reunião do Brics
Brics apoia convenção da ONU para taxar super ricos e promover um sistema tributário global mais justo, afirma Fernando Haddad.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em seu discurso no encontro nesta sexta-feira na reunião anual do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) dos BRICS (Foto: Reprodução)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou neste sábado (5) que os países do Brics apoiarão a criação de uma Convenção da ONU sobre Cooperação Internacional em Matéria Tributária. A proposta visa estabelecer um sistema tributário global mais justo, especialmente para a taxação dos super-ricos. Haddad destacou que essa iniciativa é um passo crucial para garantir que os indivíduos de alta renda contribuam de forma adequada.
Durante a reunião de ministros das Finanças e presidentes de Bancos Centrais do Brics, realizada no Rio de Janeiro, o ministro enfatizou a importância do multilateralismo. Ele afirmou que o Brics reafirma sua posição em defesa de um sistema tributário mais inclusivo e representativo. A presidência brasileira do Brics formulou propostas que abrangem frentes econômica, climática e social.
Propostas e Iniciativas
Na esfera econômica, Haddad mencionou esforços para facilitar o comércio e o investimento entre os países do Brics. Ele também ressaltou a necessidade de coordenar reformas no sistema monetário e financeiro internacional. A taxação de indivíduos de alta renda é uma prioridade nas discussões atuais.
Em relação às questões climáticas, o ministro anunciou o desenvolvimento de instrumentos inovadores, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que visa acelerar a transformação ecológica. Haddad expressou confiança no papel do Brics na criação desse fundo, com um anúncio esperado para a COP 30.
Multilateralismo e Inclusão
Haddad destacou que o novo multilateralismo representa uma "reglobalização sustentável", focando no desenvolvimento social, econômico e ambiental. Ele afirmou que o Brics possui a legitimidade necessária para liderar essa transformação, citando a inclusão de novos países-membros, como Egito e Indonésia.
O ministro também mencionou a importância de um FMI mais representativo e a consolidação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) como referência dentro e fora do Brics. A agenda apresentada busca promover uma ordem econômica global mais justa e sustentável, refletindo as necessidades da maioria da população mundial.
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