Musk ameaça revelar lista de contatos de Jeffrey Epstein em disputa com Trump

Elon Musk reagiu com ironia ao relatório do Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e do FBI, que concluiu não haver evidências de que Jeffrey Epstein mantinha uma lista de clientes ou chantageava figuras poderosas. Para Musk, essa foi a "última gota" que selou o rompimento com Donald Trump, com quem já teve uma aliança política. O relatório, divulgado na sexta-feira, 5, também reafirma que Epstein se suicidou na prisão em 2019, desmentindo teorias de conspiração sobre sua morte.

A insatisfação de Musk com as conclusões do governo reacendeu a tensão entre ele e Trump. O CEO da Tesla e da SpaceX havia sugerido anteriormente que o ex-presidente poderia estar envolvido no caso Epstein, uma afirmação que ele mesmo considerou exagerada. Na segunda-feira, 7, Musk postou uma imagem em sua rede social X, com um contador de prisões zerado, questionando: "Então... por que Ghislaine Maxwell está presa?" Maxwell, condenada por recrutar menores para Epstein, representa uma contradição nas narrativas oficiais.

Criação do America Party

Em meio a essa disputa, Musk anunciou a criação do America Party, um novo partido político com o objetivo de desafiar o bipartidarismo nos Estados Unidos. A iniciativa visa conquistar assentos no Congresso nas eleições de 2026, atraindo eleitores insatisfeitos com o establishment republicano. Trump, por sua vez, criticou a ideia, afirmando que "terceiros partidos só criam caos e destruição" e acusou Musk de dividir a direita em um momento que deveria ser de união.

As conclusões do relatório do DOJ e do FBI decepcionaram muitos apoiadores de Trump, que esperavam revelações impactantes sobre o caso Epstein. O documento afirma que não existem evidências de chantagem e que imagens confirmam o suicídio de Epstein. Apesar do arquivamento do caso, a desconfiança pública persiste. Musk comentou que "esse tipo de coisa só enfraquece a confiança das pessoas no governo", refletindo um sentimento de ceticismo em relação à falta de responsabilização de figuras poderosas.