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08 de jul 2025

Lobby tenta garantir presença de ultraprocessados nas escolas brasileiras

Indústria de alimentos pressiona para barrar leis que restringem ultraprocessados em escolas, alterando projetos em diversas regiões.

Thayne Tuason (Foto: Reprodução)

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A indústria de alimentos tem intensificado esforços para barrar projetos de lei que visam restringir a venda de ultraprocessados em escolas. Recentemente, iniciativas em diversas cidades e estados enfrentaram pressões políticas, como no Paraná, onde o termo "ultraprocessados" foi removido de um projeto de lei, e em Ribeirão Preto, onde um projeto foi arquivado após forte pressão.

Organizações como a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) e a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e de Bebidas não Alcoólicas (Abir) têm atuado para desqualificar essas propostas. A estratégia inclui o mapeamento de projetos e a atuação de lobistas que se reúnem com parlamentares para expressar preocupações do setor. Um exemplo é o Projeto de Lei 131/2023, no Ceará, que busca excluir ultraprocessados das escolas. O deputado Renato Roseno (Psol) recebeu uma mensagem da Abir pedindo a retirada do projeto, mas decidiu mantê-lo em tramitação.

Mudanças em projetos de lei também têm sido comuns. No Paraná, um projeto que inicialmente proibia ultraprocessados foi alterado para excluir o termo, resultando em uma lei que proíbe apenas alimentos com altos teores de açúcar e gordura, mas sem a definição clara de ultraprocessados. A nutricionista Emanuelly Porto Oliveira ressalta que a ausência do termo fragiliza a proteção aos estudantes.

Além disso, a pressão da indústria se estendeu a outros estados, como na Bahia e em São Paulo, onde ofícios foram enviados a deputados para contestar propostas semelhantes. Em Ribeirão Preto, um projeto que tinha apoio unânime foi arquivado após pressão de empresas e cantineiros, evidenciando a influência da indústria na política local.

A discussão sobre a restrição de ultraprocessados nas escolas é crucial, pois, segundo especialistas, a implementação de leis nesse sentido poderia não apenas proteger a saúde das crianças, mas também gerar empregos e fortalecer a economia local. A pesquisa da UFMG indica que a mudança na alimentação escolar pode ser mais lucrativa do que o modelo atual baseado em ultraprocessados.

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