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09 de jul 2025

Calor extremo na Europa alerta para riscos de incêndios florestais no Brasil

A temporada de incêndios florestais se aproxima, com riscos elevados devido ao calor extremo e desmatamento na Amazônia e Pantanal.

O mês de junho foi o mais quente da história da França (Foto: erika8213/Adobe Stock)

O mês de junho foi o mais quente da história da França (Foto: erika8213/Adobe Stock)

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O secretário-executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, alertou sobre a iminente temporada de incêndios florestais no Brasil, que se intensifica devido às ondas de calor globais. O fenômeno, que já afeta a Europa e o Sudeste Asiático, pode trazer riscos significativos para a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal.

Astrini destacou que o mês de junho foi o mais quente já registrado na França, com temperaturas extremas levando a alertas vermelhos e um aumento no número de vítimas. Espanha, Itália, Alemanha, Grécia e Portugal também enfrentam calor intenso, com registros de até 10°C acima da média. O especialista enfatizou que o calor extremo e a seca criam condições propícias para incêndios, que estão diretamente ligados ao desmatamento e a crimes ambientais.

O governo federal está se preparando para monitorar as queimadas, com a instalação de uma sala de crise. Estratégias como o uso de fogo controlado e o treinamento de brigadistas são consideradas essenciais para mitigar os danos. Astrini afirmou que, embora não seja possível evitar que o fogo comece, é possível limitar a tragédia e punir os responsáveis por ações criminosas.

Um estudo da Universidade Federal de São Paulo revelou que entre 2020 e 2023, o Brasil enfrentou 7.539 desastres climáticos relacionados a chuvas intensas, um aumento de 222,8% em comparação com a década de 1990. O secretário do Observatório do Clima ressaltou que o governo deve levar esses dados a sério, especialmente após os desastres recentes no Rio Grande do Sul.

Desafios Climáticos

As discussões sobre financiamento climático e metas de redução de emissões dominarão a próxima Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-30), que ocorrerá em novembro em Belém. Astrini destacou que o financiamento é um entrave significativo, com países em desenvolvimento cobrando recursos prometidos por nações ricas, que hesitam em cumprir acordos anteriores.

Além disso, menos de 15% dos países entregaram suas novas metas de redução de emissões, cujo prazo inicial expirou em fevereiro. A União Europeia se destacou ao apresentar uma proposta ambiciosa de reduzir suas emissões em 90% até 2040, mas a situação global permanece preocupante, especialmente com a ausência dos Estados Unidos nas negociações climáticas.

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