Castro confirma exoneração de Washington Reis e evita crise política na Assembleia

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), confirmou na noite de quarta-feira, 10 de julho, que manterá a exoneração do ex-secretário de Transportes, Washington Reis (MDB). A demissão, que ocorreu durante a ausência de Castro, foi inicialmente anunciada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Rodrigo Bacellar (União Brasil). A decisão de Castro visa evitar um confronto direto com Bacellar, que enfrenta pressões de deputados da Alerj.

Desde a exoneração de Reis, Castro enfrentou um silêncio estratégico, mas a pressão aumentou, levando-o a comunicar sua decisão aos deputados. O governador foi alertado sobre possíveis retaliações na Alerj caso desautorizasse Bacellar. A reunião de Bacellar com mais de 20 deputados, incluindo figuras de diferentes partidos, reforçou a necessidade de Castro alinhar sua posição.

Divisões Internas

A exoneração de Reis acirrou as tensões dentro do PL, com aliados de Bacellar apoiando a decisão, enquanto outros, como o senador Flávio Bolsonaro, defendiam o retorno de Reis. Castro criticou Bacellar por sua ação "intempestiva", mas decidiu não reverter a demissão, que já estava em discussão antes do ato.

Reis, atualmente inelegível devido a uma condenação, busca apoio para reverter sua situação e se posicionar nas eleições de 2026. A fragmentação da direita fluminense é uma preocupação, especialmente com a aproximação de Reis ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), que também é um potencial candidato.

Cenário Eleitoral

Com a decisão de Castro, o governador evita um rompimento com a Alerj, mas a situação política continua tensa. A expectativa é que Castro deixe o cargo até abril para concorrer ao Senado, enquanto Bacellar deve assumir novamente a governança interina. As movimentações políticas em torno da exoneração de Reis podem impactar significativamente as eleições futuras no estado.