09 de jul 2025
IRS gera polêmica ao mudar regras sobre endossos políticos, dividindo líderes religiosos
Mudança do IRS pode alterar a dinâmica eleitoral nos EUA, permitindo que igrejas se envolvam mais em política sem perder isenção fiscal.
Pastor sênior Dr. Robert Jeffress fala com os participantes na First Baptist Church Dallas durante um Celebrate Freedom Rally em Dallas, 28 de junho de 2020. (Foto: AP Photo/Tony Gutierrez, File)
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IRS Permite Apoio Político por Pastores Sem Perda de Isenção Fiscal
O Internal Revenue Service (IRS) dos Estados Unidos anunciou uma nova interpretação da Johnson Amendment, que proíbe igrejas e organizações sem fins lucrativos de se envolverem em campanhas políticas. A mudança permite que pastores apoiem candidatos políticos sem risco de perder a isenção fiscal, gerando reações diversas entre líderes religiosos e especialistas em direito tributário.
A Johnson Amendment, implementada em 1954, estabelece que a participação em campanhas políticas pode resultar na perda do status de isenção fiscal. Embora a regra tenha sido raramente aplicada, a nova interpretação do IRS sugere que comunicações feitas de boa fé por igrejas a seus membros não configuram "intervenção" em campanhas políticas. Essa decisão foi recebida com entusiasmo por líderes conservadores e alguns grupos religiosos progressistas, mas também levantou preocupações sobre a possível corrupção do papel das igrejas.
O pastor Robert Jeffress, de uma megachurch em Dallas, elogiou a decisão, afirmando que a investigação do IRS sobre sua igreja havia gerado custos significativos. Ele argumentou que o IRS não deveria regular o que é dito do púlpito. Por outro lado, o pastor Mark Whitlock, da Reid Temple African Methodist Episcopal Church, expressou ceticismo, questionando o momento da mudança e enfatizando a necessidade de manter o foco em mensagens centradas em Deus.
A nova interpretação surge após décadas de debate e ações judiciais por parte de grupos conservadores que alegam que a Johnson Amendment viola seus direitos constitucionais. A decisão do IRS pode abrir espaço para que mais igrejas se sintam à vontade para se envolver em discussões políticas, mas especialistas alertam para os riscos de uma maior mistura entre religião e política.
Pesquisas indicam que a maioria dos americanos acredita que as igrejas não devem apoiar candidatos políticos. A mudança do IRS, portanto, pode gerar um debate acalorado sobre o papel das instituições religiosas na política, com implicações significativas para a dinâmica eleitoral nos Estados Unidos.
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