09 de jul 2025
Motta rejeita aumento do IOF e envia recado claro ao governo sobre impostos
Governo Lula insiste no aumento do IOF, enquanto Congresso resiste e debate alternativas para evitar cortes no orçamento.

Foto: Reprodução
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O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líderes do Congresso Nacional se reuniram na terça-feira (8) para discutir o impasse sobre o aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). O encontro, realizado na residência oficial do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), não resultou em avanços significativos.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou a posição do governo de não abrir mão do decreto que eleva a alíquota do IOF, que foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Motta, por sua vez, destacou que o clima no Legislativo é de resistência a novos impostos, defendendo cortes de gastos como alternativa. “Estamos sempre mais propensos a ir pelo caminho de corte de despesas, e não para o aumento de impostos”, afirmou.
O governo considera o aumento do IOF uma medida essencial para equilibrar as contas de 2025, especialmente após a derrubada da proposta pelo Congresso em junho. A decisão do STF, que suspendeu tanto o decreto presidencial quanto a votação que o revogava, deixou o governo em um compasso de espera. Uma audiência no STF está marcada para o dia 15 de julho, onde a constitucionalidade do decreto será discutida.
Diálogo em Andamento
Durante a reunião, houve também um descontentamento por parte do governo em relação a críticas direcionadas ao Congresso nas redes sociais, que foram vistas como prejudiciais ao diálogo. Gleisi Hoffmann, presidente do PT, manifestou-se contra esses ataques, mas o desgaste político permanece.
Os próximos passos incluem uma nova reunião entre Motta e Davi Alcolumbre (União-AP) com líderes partidários, prevista para quarta-feira (9). O governo continua apostando em uma decisão favorável do STF para validar o aumento do IOF, enquanto setores da base e da oposição se organizam para manter a rejeição da proposta no Congresso.
O governo busca alternativas para evitar cortes no orçamento, especialmente nas emendas parlamentares, enquanto discute outras medidas fiscais em paralelo. A expectativa é que as negociações prossigam nas próximas semanas, com o objetivo de encontrar um entendimento que atenda às demandas de ambas as partes.




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