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10 de jul 2025

Ativistas defendem direitos humanos em meio a críticas a protestos no México

Protestos em Cidade do México revelam crescente insatisfação com a gentrificação e a expulsão de moradores, gerando críticas do governo.

Foto: Reprodução

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Recentes protestos em Cidade do México contra a gentrificação resultaram em cenas de vandalismo e mensagens anti-imigração. Os manifestantes, que se opõem ao aumento do custo de vida e à expulsão de moradores locais, foram criticados pela presidente Claudia Sheinbaum, que descreveu as ações como xenofóbicas. Durante a manifestação, frases como “Get out of Mexico” e “Kill a gringo” foram vistas em lojas e muros, refletindo a frustração crescente com a desigualdade na capital mexicana.

Os organizadores, incluindo o grupo Frente Anti Gentrificação Mx, argumentam que a gentrificação é uma nova forma de colonização, onde o estado e empresas favorecem aqueles com maior poder aquisitivo. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística e Geografia, os custos de habitação na Cidade do México aumentaram 286% desde 2005, enquanto os salários reais caíram 33%. A porta-voz do grupo, Yessica Morales, enfatizou que a luta não é contra a imigração, mas sim contra a violência do modelo governamental que prioriza interesses comerciais.

Impacto do Turismo e das Plataformas de Aluguel

A gentrificação na Cidade do México não é um fenômeno recente, mas a pandemia e o aumento de plataformas como Airbnb intensificaram a situação. Desde 2020, o número de aluguéis de curto prazo cresceu, atraindo turistas e trabalhadores remotos, especialmente dos Estados Unidos. A cidade possui mais de 26.500 listagens do Airbnb, concentradas em bairros como Roma e Condesa, que são os mais afetados pela gentrificação.

Airbnb defende sua presença, afirmando que contribuiu com mais de 1 bilhão de dólares para a economia local em 2022. No entanto, muitos residentes veem essa situação como um sinal de deslocamento. A cidade já implementou algumas regulamentações, mas especialistas afirmam que são insuficientes para conter o problema.

Paralelos com Outras Cidades

A insatisfação com a gentrificação não é exclusiva da Cidade do México. Cidades europeias, como Barcelona e Lisboa, também enfrentam protestos semelhantes. Em Barcelona, o governo anunciou planos para eliminar licenças de aluguel de curto prazo até 2028, visando proteger os moradores locais. A transformação de residências em acomodações turísticas tem gerado um aumento nas expulsões de inquilinos.

Ativistas na Cidade do México estão preocupados com o impacto que eventos futuros, como a Copa do Mundo de 2026, podem ter sobre a comunidade local. Eles temem que a prioridade do governo em atrair negócios possa resultar em mais deslocamentos e na marginalização dos residentes.

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