10 de jul 2025
Empresas devem apoiar quem recebe Bolsa Família em busca de emprego digno
Wellington Dias defende o Bolsa Família e critica a desigualdade tributária, enquanto busca reconquistar a confiança dos beneficiários.

Ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, em seu gabinete na Esplanada dos Ministérios (Foto: Pedro Ladeira - 29.ago.24/Folhapress)
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No contexto atual do Brasil, o Bolsa Família continua a ser um tema central nas discussões sobre assistência social e combate à pobreza. O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, defendeu o programa, afirmando que os beneficiários buscam trabalho e não são um obstáculo para o mercado. Em entrevista ao C-Level, ele destacou que "o povo quer emprego decente" e criticou a visão de que os beneficiários são preguiçosos.
Dias também abordou a necessidade de aumentar a taxação de super-ricos para financiar serviços públicos, em meio a críticas da oposição. Ele enfatizou que a divisão social é uma realidade no Brasil e que é fundamental promover um diálogo entre as classes. O governo já conseguiu reduzir os gastos com o Bolsa Família em R$ 15 bilhões, sendo R$ 7 bilhões apenas neste ano.
Medidas e Aperfeiçoamentos
O ministro mencionou que o programa pode ser aperfeiçoado e que o governo está investindo em um cruzamento de dados para identificar distorções nos programas sociais. Ele também defendeu o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) como uma medida coerente com a base do governo e um compromisso assumido durante a eleição de 2022.
Além disso, Dias ressaltou que o Brasil enfrenta uma injustiça tributária, onde rendas altas pagam proporcionalmente menos impostos do que trabalhadores de baixa renda. Ele criticou a judicialização do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que, segundo ele, gera distorções e fraudes, dificultando o acesso de quem realmente precisa.
Desafios e Futuro do Programa
O Bolsa Família, que completou 20 anos, enfrenta desafios em sua conexão política com os beneficiários. Dias reconheceu que a relação entre o programa e o eleitorado do PT se perdeu um pouco, mas acredita que é possível reconquistar essa confiança. Ele destacou que 71% dos novos empregos com carteira assinada no agronegócio são ocupados por beneficiários do programa, desafiando a narrativa de que esses trabalhadores não desejam se empregar.
O governo não prevê reajuste no valor do Bolsa Família para 2025, mantendo a quantia de R$ 230 por pessoa, que já está acima do padrão internacional. Dias afirmou que o programa é um suporte temporário, enquanto os beneficiários buscam oportunidades de trabalho.
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