Joe Biden se despediu da presidência dos Estados Unidos em um discurso que destacou suas realizações e alertou sobre os perigos à democracia. Biden reconheceu que sua principal missão, que era transformar Donald Trump em um parêntese na história, não foi alcançada, e sua presidência agora é vista com frustração. Apesar disso, ele conseguiu aprovar quase R$ 10 trilhões em pacotes de ajuda e infraestrutura, que visam a recuperação econômica e a transição verde, criando 17 milhões de empregos durante seu mandato.

O presidente também refletiu sobre sua falta de reconhecimento por parte dos eleitores em relação a essas conquistas. Em uma entrevista, ele admitiu que deveria ter enfatizado mais o papel dos democratas nas realizações, como a construção de uma nova ponte, que ele sugeriu que poderia ser chamada de "Ponte Democrática". Biden lamentou não ter capitalizado melhor suas vitórias políticas, o que poderia ter ajudado a melhorar sua imagem junto ao público.

Além das questões internas, Biden abordou a situação internacional, mencionando a fragilidade da diplomacia americana em relação a Israel e a retirada do Afeganistão, que foi marcada por caos. Ele também expressou preocupações sobre o crescimento de uma "oligarquia" e um "complexo tecnológico-industrial", que ameaçam a democracia americana. Sua defesa da OTAN e a resposta ao expansionismo russo foram ofuscadas pela percepção de que a ajuda à Ucrânia não foi suficiente.

Por fim, Biden se comparou ao ex-presidente Eisenhower, alertando sobre o poder desproporcional de interesses industriais. Ele enfatizou que, apesar de seus esforços para restaurar a dignidade das instituições, as ameaças à democracia permanecem, e seu legado é incerto diante do avanço de forças caóticas.