18 de jan 2025
Dois juízes da Suprema Corte do Irã são assassinados em ataque planejado em Teerã
Juízes Mohammad Moghiseh e Ali Razini foram assassinados em Teerã. O ataque foi classificado como "assassinato planejado" dentro do tribunal. Moghiseh e Razini tinham histórico de repressão a direitos humanos. Moghiseh foi sancionado por EUA e UE por julgamentos injustos. Razini sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1999, ligada à "Death Commission".
Bandeira do Irã em Viena (Foto: REUTERS/Lisi Niesner • REUTERS)
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Dois juízes veteranos da Suprema Corte do Irã, Mohammad Moghiseh e Ali Razini, foram mortos a tiros em Teerã por um agressor que, em seguida, cometeu suicídio. O judiciário iraniano classificou o ato como um "assassinato planejado" e informou que o atacante não possuía processos judiciais pendentes. Um guarda ficou ferido durante o ataque, conforme relatou o porta-voz do judiciário, Asghar Jahangir.
Moghiseh e Razini eram conhecidos por presidir tribunais que lidavam com casos de manifestantes, artistas e ativistas. Moghiseh foi sancionado pelos Estados Unidos em 2019 por supervisionar julgamentos considerados injustos, incluindo a condenação de oito usuários do Facebook a um total de 127 anos de prisão por críticas ao regime. Ele também foi responsável por sentenciar a advogada de direitos humanos Nasrin Sotoudeh a 33 anos de prisão e 148 chicotadas.
Razini, por sua vez, sobreviveu a uma tentativa de assassinato em 1999, quando uma bomba foi colocada em seu veículo. Ele é acusado de ter participado da infame "Death Commission", que supervisionou a execução de milhares de prisioneiros políticos em 1988, ao lado do ex-presidente Ebrahim Raisi. O contexto do ataque e as motivações do agressor ainda não estão claros, mas o incidente levanta questões sobre a segurança no sistema judiciário iraniano.
O ataque ocorre em um momento de crescente tensão no Irã, onde o judiciário tem sido alvo de críticas por sua atuação em casos de direitos humanos. A morte dos juízes pode intensificar o debate sobre a justiça e a repressão no país, especialmente em relação a figuras que têm um histórico de decisões controversas.
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