21 de jan 2025
Trump assina ordem para retirada dos EUA do Acordo de Paris e declara emergência energética
Donald Trump retirou os EUA do Acordo de Paris, retrocedendo na luta climática. A decisão pode desencadear um "efeito dominó", afetando outros países signatários. A saída dos EUA pressiona o Brasil na COP30, aumentando desafios ambientais. Trump declarou "emergência energética", priorizando combustíveis fósseis e revogando normas. Críticos alertam que ações de Trump podem agravar desastres climáticos globais.
Foto: Reprodução
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma série de ordens executivas em seu primeiro dia de mandato, destacando a retirada do país do Acordo Climático de Paris. Essa decisão, que deve ser efetivada em um ano, representa um retrocesso significativo nos esforços globais para combater as mudanças climáticas. Américo Martins, analista sênior da CNN, enfatiza que a saída dos EUA, a maior economia do mundo e um dos principais poluidores, pode desencadear um "efeito dominó", levando outras nações a abandonarem o acordo ou a reduzirem seu engajamento.
A decisão de Trump ocorre em um momento crítico, quando o planeta já registra temperaturas médias 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, um limite estabelecido pelo próprio acordo como crucial para evitar impactos climáticos catastróficos. A saída dos EUA também impacta diretamente os planos do Brasil, que sediará a COP30 em Belém, aumentando a pressão sobre o país para adotar medidas mais rigorosas no combate ao aquecimento global. A falta de apoio do governo americano torna o desafio ainda maior, especialmente diante dos efeitos devastadores das mudanças climáticas já visíveis, como secas e enchentes.
Wopke Hoekstra, comissário climático da União Europeia, lamentou a decisão de Trump, afirmando que é "verdadeiramente lamentável" que a maior economia do mundo se retire do acordo. Ele destacou que, apesar desse revés, a Europa continuará comprometida em trabalhar com os EUA e outros parceiros internacionais para enfrentar a questão das mudanças climáticas. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, também reforçou a importância do Acordo de Paris, afirmando que ele continua sendo a melhor esperança da humanidade.
Trump, em seu discurso, criticou as políticas de energia limpa e prometeu aumentar a produção de combustíveis fósseis, declarando uma "emergência energética nacional". Ele também anunciou a revogação de regulamentações que favoreciam veículos elétricos e a suspensão de financiamentos para infraestrutura de carregamento de veículos elétricos. Essa mudança de direção na política energética dos EUA pode ter repercussões significativas para o futuro do combate às mudanças climáticas globalmente.
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