Elon Musk pressiona senadores com ameaças para garantir apoio a indicados de Trump

Elon Musk enviou mensagens a senadores americanos, ameaçando retaliar aqueles que não apoiarem as indicações de Donald Trump para seu novo governo. Essa informação foi divulgada pela revista Time e destaca a influência do bilionário, que possui uma fortuna estimada em US$ 428 bilhões. Musk, que ocupa um cargo no governo Trump, está utilizando um Super PAC para financiar candidatos que se opõem a senadores que votarem contra as nomeações. Até o momento, apenas Marco Rubio foi confirmado como secretário de Estado.

A pressão de Musk se intensificou em relação a Pete Hegseth, indicado para o Pentágono, que enfrenta acusações de má conduta. A senadora republicana Joni Ernst, inicialmente cética, mudou sua posição e decidiu apoiar Hegseth após a pressão de Musk e Trump. A maioria dos cargos em disputa no Senado está nas mãos de republicanos, o que pode facilitar a aprovação das indicações, apesar das controvérsias.

Além de Hegseth, outras indicações de Trump também geram polêmica, como a ex-deputada Tulsi Gabbard para a Inteligência Nacional. Musk já havia utilizado sua influência anteriormente para pressionar o Congresso a rejeitar um plano bipartidário de financiamento do governo, defendendo propostas alinhadas a Trump. Essa atuação levanta preocupações sobre conflitos de interesse, já que Musk terá acesso a dados de agências federais enquanto suas empresas prestam serviços ao governo.

A relação de Musk com Trump e sua crescente influência na administração geram debates sobre a ética e a regulamentação do poder financeiro na política. O ex-presidente Joe Biden já alertou sobre a ascensão de uma oligarquia de bilionários da tecnologia nos EUA. A proximidade de Musk com Trump e seu círculo íntimo, além de suas ações controversas, continuam a ser observadas com cautela por especialistas e críticos.