22 de jan 2025
Especialistas da ONU pedem que Tailândia não deportem Uyghures para a China, temendo tortura
Quarenta e oito homens Uyghurs estão detidos na Tailândia desde 2014, fugindo da perseguição na China. A pressão internacional aumentou após os detentos iniciarem greve de fome em protesto. Especialistas da ONU alertam sobre risco de tortura se forem deportados para a China. Autoridades tailandesas negam planos de deportação, apesar de relatos de ameaças. A comunidade Uyghur enfrenta genocídio na China, com mais de um milhão em campos de "reeducação".
Foto: Reprodução
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A pressão internacional sobre a Tailândia está aumentando, especialmente por parte da nova administração dos Estados Unidos, em relação ao destino de quarenta e oito homens uigures detidos há mais de uma década. Relatos indicam que o governo tailandês planeja deportar o grupo para a China, o que gerou preocupações entre especialistas da ONU, que pediram a “imediata interrupção da possível transferência”, alertando sobre o risco real de tortura e tratamento desumano.
Os homens, que estão detidos em Bangkok desde 2014, iniciaram uma greve de fome em 10 de janeiro como protesto contra a deportação. Um ativista, Arslan Hidayat, divulgou uma mensagem de voz de um dos detentos, que clamou por ajuda, afirmando que “todos sabem o que acontecerá conosco se formos enviados de volta à China”. Os uigures foram presos após cruzarem a fronteira em busca de proteção contra a perseguição na China.
Relatórios indicam que os detentos vivem em condições precárias, sem acesso a advogados ou familiares, e que vinte e três deles sofrem de graves problemas de saúde. A preocupação com a deportação aumentou após a entrega de documentos de “retorno voluntário” aos detentos, embora autoridades tailandesas tenham negado planos de deportação. A comunidade internacional, incluindo o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, está pressionando a Tailândia a não enviar os homens de volta.
Os uigures são uma minoria étnica muçulmana da região de Xinjiang, na China, onde enfrentam repressão severa, considerada por muitos países como “genocídio”. A ONU documentou graves violações de direitos humanos na China, incluindo detenções arbitrárias e tortura. Os especialistas da ONU pediram que a Tailândia respeite suas obrigações sob a lei internacional, destacando que a proibição de refoulement impede a devolução a países onde há risco de tortura.
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