Trump retira segurança de ex-secretários ameaçados pelo Irã após polêmica decisão

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu retirar a proteção de segurança de seu ex-secretário de Estado, Mike Pompeo, que havia recebido segurança contínua devido a ameaças do Irã. Essa medida, confirmada por três fontes à CNN, ocorre após a retirada da equipe de segurança do ex-conselheiro de segurança nacional John Bolton. A decisão foi inicialmente reportada pelo The New York Times e não teve resposta imediata da Casa Branca.

Durante uma coletiva de imprensa, Trump comentou sobre a retirada da segurança, afirmando: "Quando você tem proteção, não pode tê-la pelo resto da vida". Ele acrescentou que não é desejável ter um grande número de pessoas protegendo indivíduos indefinidamente, reconhecendo que "há riscos para tudo". Pompeo, que teve um papel crucial na política de linha-dura contra o Irã, foi um dos alvos de um plano de assassinato frustrado pelo governo iraniano, conforme relatado pelo Departamento de Justiça.

Fontes de segurança expressaram preocupação com a decisão de Trump, alertando que "há uma ameaça iraniana séria e crível contra Pompeo e Bolton". Um ex-oficial de segurança nacional sugeriu que a retirada da proteção poderia ser motivada por "puro despeito e mesquinharia". Trump, que também é alvo do Irã devido ao assassinato do comandante militar Qasem Soleimani, teve sua segurança aumentada após informações da administração Biden sobre planos de ataque.

A situação destaca a complexidade das relações entre os EUA e o Irã, especialmente após ações agressivas tomadas durante o governo Trump. A retirada da segurança de Pompeo e Bolton pode refletir não apenas questões de política interna, mas também a contínua tensão geopolítica entre os dois países.