27 de jan 2025
Rússia posiciona submarino nuclear no Ártico e intensifica tensões com a Otan
O submarino K 562 Arkhangelsk foi transferido para a Frota do Norte russa. A embarcação é da classe Yasen M e possui armamentos avançados, como mísseis hipersônicos. O Arkhangelsk ficará na base Zapadnaia Litsa, a 60 km da Noruega, membro da Otan. A presença militar russa no Ártico visa reafirmar soberania em áreas estratégicas. A atividade militar crescente gera tensões com países da Otan, como EUA e Canadá.
O mais novo submarino de mísseis de cruzeiro nuclear de quarta geração da Rússia, Arkhangelsk, no Ártico. (Foto: Reprodução)
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O Ministério da Defesa da Rússia anunciou a transferência do submarino nuclear K-562 Arkhangelsk para sua base definitiva na Frota do Norte, em 27 de janeiro de 2024. Este submarino, da classe Yasen-M, é considerado um dos mais avançados do país e reforça a presença russa no Ártico, uma região de crescente importância geopolítica. O Arkhangelsk agora está permanentemente na base Zapadnaia Litsa, a 60 km da fronteira com a Noruega, membro da OTAN.
O capitão de primeira patente Alexander Gladkov, comandante do submarino, confirmou que a transferência foi realizada com sucesso. O próximo passo envolve intensos treinamentos antes da integração do Arkhangelsk às forças de prontidão da Frota do Norte. Equipado com armamentos avançados, como mísseis hipersônicos Zircon e mísseis de cruzeiro Kalibr-PL, o submarino representa um marco tecnológico para a Marinha russa.
Com um deslocamento submerso de aproximadamente 13.800 toneladas, o Arkhangelsk possui 130 metros de comprimento e pode operar a até 600 metros de profundidade. Seu reator nuclear permite uma velocidade submersa de até 65 km/h e missões de até 100 dias sem necessidade de emergir. A integração do submarino à Frota do Norte visa reforçar a postura estratégica da Rússia na região, especialmente em meio ao derretimento das geleiras e à abertura de novas rotas marítimas.
A presença do Arkhangelsk no Ártico intensifica as tensões com países da OTAN, como Estados Unidos e Canadá, que também buscam influência na região. A Rússia reivindica uma parte significativa da plataforma do Ártico, e submarinos como o Arkhangelsk são fundamentais para reafirmar sua soberania. As tensões geopolíticas foram acentuadas por propostas como a de Donald Trump, que sugeriu a compra da Groenlândia, uma ilha estratégica em caso de conflito com a Rússia.
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