Política

Colômbia recebe deportados dos EUA após crise diplomática e denúncias de abusos

A crise diplomática entre Colômbia e EUA começou com a proibição de voos militares. Dois aviões colombianos trouxeram 200 deportados, que relataram condições desumanas. O governo colombiano anunciou um plano de crédito para reintegração dos deportados. A tensão diplomática foi temporariamente resolvida após negociações entre os países. A situação destaca a crítica de Petro à política migratória de Trump e suas consequências.

Centenas de colombianos deportados pelo governo Trump chegaram ao país de origem nesta terça-feira (Foto: Alejandro Martinez / AFP)

Centenas de colombianos deportados pelo governo Trump chegaram ao país de origem nesta terça-feira (Foto: Alejandro Martinez / AFP)

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Dois aviões militares colombianos aterrissaram em Bogotá nesta terça-feira, 28 de janeiro, trazendo cerca de 200 migrantes deportados pelos Estados Unidos. Os deportados relataram experiências traumáticas, descrevendo o processo como um "pesadelo americano", especialmente sob o programa de expulsão implementado pelo ex-presidente Donald Trump. O presidente colombiano, Gustavo Petro, havia se oposto ao uso de aviões militares dos EUA para a deportação, exigindo condições dignas para os repatriados, o que gerou uma breve crise diplomática entre os dois países.

Após negociações, Bogotá aceitou os termos de Trump e enviou aeronaves para buscar os deportados em San Diego e Houston. Petro afirmou no X que "os migrantes são livres e dignos" e que não devem ser tratados como criminosos. Imagens do aeroporto El Dorado mostraram os deportados, incluindo menores, desembarcando sem algemas, conforme prometido pelo governo colombiano. No entanto, relatos de deportados como Carlos Gómez revelaram condições desumanas durante a detenção, incluindo alimentação inadequada e tratamento degradante.

O governo brasileiro também se manifestou, convocando o encarregado de negócios da embaixada dos EUA para discutir o tratamento dado aos deportados que chegaram ao Brasil. Outros repatriados criticaram a forma como foram tratados, com um deles, Daniel, mencionando que pagou mais de 5 mil dólares a coiotes para chegar aos EUA. O governo colombiano anunciou um "plano de crédito acessível" para apoiar a reintegração dos deportados, mas não especificou valores ou futuros voos.

A crise diplomática entre Colômbia e Estados Unidos, a primeira de Trump com um país latino-americano desde sua posse, incluiu ameaças de tarifas e bloqueio de vistos. Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos colombianos, enquanto Petro retaliou com sanções semelhantes. A situação gerou divisões na população colombiana, com alguns apoiando a postura de Petro e outros temendo as consequências econômicas da crise. Organismos internacionais, como a ONU, pedem diálogo e soluções equilibradas para a questão migratória.

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