Política

Trump reaviva o debate sobre o Brexit no Reino Unido após cinco anos da saída da UE

O Reino Unido completará cinco anos de Brexit em 31 de janeiro, polarizando opiniões. Keir Starmer, novo primeiro ministro, busca "reinício" nas relações com a UE. Temores sobre o fortalecimento de partidos populistas dificultam aproximações. A influência de Donald Trump complica a diplomacia britânica com a UE. Especialistas alertam que o Reino Unido ainda depende da UE, apesar do Brexit.

Keir Starmer e Ursula von der Leyen, na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, no dia 25 de setembro. (Foto: Leon Neal via REUTERS)

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O dia 31 de janeiro de 2024 marcará cinco anos desde que o Reino Unido deixou a União Europeia (UE). Desde então, o debate sobre as consequências do Brexit tem sido polarizado, com alguns afirmando que a economia britânica está em um estado crítico, enquanto outros acreditam que a situação é irreversível. Anand Menon, professor de Política Europeia, alerta que as ações de Donald Trump podem forçar o Reino Unido a escolher entre os Estados Unidos e a UE, o que poderia prejudicar as relações comerciais com Bruxelas.

Menon, junto a outros 40 acadêmicos, elaborou o relatório “The Brexit Files”, que analisa as implicações do Brexit. O novo primeiro-ministro laborista, Keir Starmer, prometeu um “reinício” nas relações com a UE, mas sua administração tem enfrentado dificuldades em implementar essa agenda, temendo o crescimento do partido populista Reform UK, liderado por Nigel Farage. A hostilidade de Trump em relação à UE complica ainda mais as manobras de Starmer, que pode usar o Brexit como um escudo contra possíveis pressões.

Especialistas alertam para o “espejismo Trump”, onde Starmer poderia tentar equilibrar interesses dos dois lados, mas a história mostra que o futuro do Reino Unido está ligado à Europa. Sara Hall, professora da Universidade de Cambridge, destaca que o Reino Unido depende da exportação de serviços para os EUA e produtos manufaturados para a UE, o que leva o governo a buscar uma estratégia que evite uma guerra comercial com aumentos de tarifas.

Por outro lado, Simon Usherwood, professor da Open University, expressa ceticismo sobre a capacidade do governo britânico de manter essa dupla abordagem por muito tempo. Ele observa que decisões cruciais sobre segurança e defesa estão sendo adiadas, resultando em mais confusão. O relatório conclui que, apesar da promessa de recuperar o controle, o Reino Unido continua fortemente influenciado pela UE, mesmo após a saída.

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