Trump assina decretos para deportar estudantes estrangeiros e cortar financiamento de escolas

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinará nesta quarta-feira, 29 de janeiro de 2024, uma série de ordens executivas que visam reformular a política educacional e combater o antissemitismo nas universidades. Entre as medidas, destaca-se a deportação de estudantes estrangeiros que participaram de protestos anti-Israel, além de ações do Departamento de Justiça para investigar e punir práticas de vandalismo e intimidação associadas ao Hamas. A ordem também prevê a análise de ações criminais e civis para coibir o racismo antijudaico em instituições de ensino.

Outra ordem executiva proposta por Trump busca cortar o financiamento federal para escolas que abordem temas relacionados a raça, gênero e sexualidade, considerados pela administração como "ideologia radical de gênero" e "teoria crítica da raça". A secretária de Educação, Denise Carter, deverá apresentar uma estratégia em até 90 dias para eliminar o que o governo classifica como "doutrinação" nas salas de aula. Durante sua campanha, Trump prometeu reformular o Departamento de Educação e combater o que considera um clima político de esquerda nas escolas.

As medidas vêm após intensos protestos em universidades americanas, onde manifestantes pressionaram instituições a romper laços com Israel, resultando em críticas sobre a proteção a estudantes judeus. Trump já havia prometido ações contra estudantes estrangeiros envolvidos em atos de protesto e punições para universidades que não tomassem medidas contra discursos de ódio. Em 2023, faculdades que supostamente ignoraram o antissemitismo receberam US$ 2,7 bilhões em fundos federais.

Além disso, uma terceira ordem executiva prevê mudanças no financiamento da educação, permitindo que famílias de militares escolham as escolas de seus filhos. O Departamento do Interior também deverá apresentar um plano semelhante para estudantes em escolas federais para comunidades indígenas. As ordens de Trump devem enfrentar desafios legais, especialmente em relação aos limites de seus poderes executivos.