Política

Crescimento da população judaica na Cisjordânia gera expectativas entre colonos

A população judaica na Cisjordânia cresceu 2,3% em um ano, totalizando 529.450. Projeções indicam que a população judaica pode ultrapassar 600.000 até 2030. A construção de assentamentos continua, apesar de críticas e aumento da violência. O governo Trump é visto como um aliado para a expansão dos assentamentos. A presença de assentamentos é considerada um obstáculo à paz pelos palestinos e pela comunidade internacional.

Um canteiro de obras habitacional é visto na colônia judaica de Eli, na Cisjordânia, na segunda-feira, 11 de novembro de 2024. (Foto: AP Photo/Ohad Zwigenberg, File)

Um canteiro de obras habitacional é visto na colônia judaica de Eli, na Cisjordânia, na segunda-feira, 11 de novembro de 2024. (Foto: AP Photo/Ohad Zwigenberg, File)

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A população judaica na Cisjordânia cresceu a uma taxa de 2,3% no último ano, superando a média de crescimento da população israelense, que foi de 1,1%. Segundo um relatório da WestBankJewishPopulationStats.com, a população de colonos judeus na Cisjordânia atingiu 529.450 pessoas, um aumento de mais de 12.000 indivíduos. Embora essa taxa tenha diminuído em relação aos 2,9% registrados em 2023, ela ainda reflete um crescimento significativo, especialmente com a expectativa de que a administração do presidente dos EUA, Donald Trump, possa impulsionar ainda mais esse crescimento.

Israel ocupa a Cisjordânia desde a guerra do Oriente Médio em 1967 e estabeleceu cerca de 130 assentamentos, além de várias colônias menores, para consolidar seu controle sobre a região. Os palestinos reivindicam a área como parte de um futuro estado, argumentando que a presença dos assentamentos torna a independência inviável. A comunidade internacional, incluindo a administração anterior de Biden, considera esses assentamentos como obstáculos à paz, e a Corte Internacional de Justiça declarou a ocupação da Cisjordânia como ilegal, afirmando que viola os direitos dos palestinos à autodeterminação.

Durante seu primeiro mandato, Trump se afastou da política internacional e formou laços estreitos com líderes colonos, propondo um plano de paz que permitiria a Israel anexar partes significativas da Cisjordânia. Essa postura gerou otimismo entre os colonos, especialmente com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que é apoiado por uma coalizão de defensores dos assentamentos. Baruch Gordon, diretor do grupo que publica os dados, prevê um aumento significativo na construção de assentamentos, com a população judaica na Cisjordânia podendo ultrapassar 600.000 até 2030.

No assentamento de Beit El, a construção continua em ritmo acelerado, com novos condomínios e instalações sendo erguidos. Os colonos defendem a permanência na região por razões de segurança e espirituais, considerando-a como seu "coração bíblico". No entanto, críticos alertam que a expansão dos assentamentos pode intensificar o conflito, especialmente em um contexto de crescente violência, onde mais de 800 palestinos foram mortos por forças israelenses desde o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023. A ONU também relatou um aumento nos ataques de colonos contra palestinos, complicando ainda mais a situação na região.

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