05 de fev 2025
Arábia Saudita reafirma que normalização com Israel depende da criação de Estado palestino
A Arábia Saudita reafirmou que não normalizará relações com Israel sem um Estado palestino. O governo saudita considera a criação do Estado palestino uma condição inegociável. O conflito entre Hamas e Israel interrompeu as negociações de normalização. A posição saudita contrasta com declarações do presidente dos EUA, Donald Trump. A normalização com Israel é um objetivo estratégico dos EUA na região.
EUA serão os ‘donos de Gaza’, sugere Trump, junto a Benjamin Netanyahu (Foto: Shawn Thew/EPA/Bloomberg)
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A Arábia Saudita reafirmou, nesta quarta-feira, que não normalizará suas relações com Israel sem a criação de um Estado palestino. A declaração contraria o presidente dos EUA, Donald Trump, que havia afirmado que o governo saudita havia abandonado essa exigência. O Ministério das Relações Exteriores saudita reiterou que sua posição é "firme e inabalável", destacando que a paz duradoura é impossível sem que os palestinos tenham seus direitos reconhecidos.
Durante uma coletiva com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, Trump foi questionado sobre a exigência saudita por um Estado palestino, ao que respondeu que "não, eles não exigem". Essa questão pode impactar a relação entre Washington e Riad, especialmente considerando que a Arábia Saudita prometeu investir até US$ 600 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos.
A normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita é um objetivo de Trump desde seu primeiro mandato, quando iniciou os Acordos de Abraão, que visavam estabelecer laços entre Israel e países árabes. Contudo, o príncipe herdeiro saudita havia indicado que um acordo estava próximo, mas o recente conflito com o Hamas interrompeu as negociações.
O governo saudita, que nunca reconheceu Israel, condiciona qualquer acordo à criação de um Estado palestino, algo que não está nos planos do governo Netanyahu, que se opõe ao reconhecimento internacional de um Estado palestino. A Arábia Saudita não participou dos Acordos de Abraão, ao contrário de seus vizinhos Bahrein e Emirados Árabes Unidos, que formalizaram laços com Israel. O governo dos EUA continua esperançoso quanto a um possível acordo de normalização com a Arábia Saudita, o que poderia alterar a dinâmica na região.
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