07 de fev 2025
China ergue centro de comando militar em Pequim, dez vezes maior que o Pentágono
A China constrói um complexo militar em Pequim, dez vezes maior que o Pentágono. O projeto, iniciado em 2014, inclui bunkers para proteger líderes em guerras. A obra é monitorada pela inteligência americana, intensificando tensões geopolíticas. O Exército de Libertação Popular visa modernização até 2027, centenário da força. A construção reflete a intenção da China de fortalecer sua capacidade militar nuclear.
O presidente da China, Xi Jinping. (Foto: Ton Molina/Bloomberg/Getty Images)
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A China está erguendo um centro de comando militar em Pequim que será até dez vezes maior que o Pentágono, conforme reportado pelo jornal britânico Financial Times. A construção, iniciada em meados de 2023, é evidenciada por imagens de satélite que mostram buracos profundos destinados a bunkers, projetados para proteger os militares em caso de guerra, incluindo um possível conflito nuclear. Renny Babiarz, ex-analista da Agência Nacional de Inteligência Geoespacial dos EUA, destacou que a análise sugere a existência de várias instalações subterrâneas interconectadas.
O complexo, denominado “Cidade Militar de Pequim”, ocupará uma área de aproximadamente 6 km² e está localizado a cerca de 30 km de Pequim, na direção sudoeste. A movimentação intensa no local foi observada, com pelo menos 100 guindastes em operação para desenvolver a infraestrutura subterrânea. O acesso à área foi restrito, e a utilização de drones e fotos foi proibida, evidenciando a importância estratégica da obra em meio à modernização do Exército de Libertação Popular (ELP) da China.
As revelações sobre a construção coincidem com o aumento das tensões entre os Estados Unidos e a China, especialmente com a volta de Donald Trump ao poder. A administração americana, sob a liderança de Trump, tem adotado uma postura crítica em relação a Pequim, com a nomeação de Pete Hegseth como secretário de Defesa, que possui visões desfavoráveis sobre a China. Além disso, a estratégia de contenção inclui a reafirmação de compromissos de defesa mútua com as Filipinas.
A construção do novo centro de comando ocorre em um contexto em que o ELP está investindo em novas armas e capacidades, visando um aumento de poder até o centenário da força em 2027. Dennis Wilder, ex-chefe de análise da China para a CIA, afirmou que a criação desse bunker avançado sinaliza a intenção de Pequim de desenvolver não apenas uma força convencional, mas também uma capacidade nuclear robusta, com foco em potenciais ações contra Taiwan.
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