Política

Trump e o imperialismo: paralelos com a China e a busca por tributos globais

Donald Trump se inspira em William McKinley, simbolizando imperialismo. Proposta de Trump inclui "tributos" de outros países, similar à China. Desmonte da USAid gera vácuo que pode ser preenchido pela China. Críticas internacionais surgem, com países buscando alternativas à assistência americana. A China se destaca por recursos financeiros e previsibilidade política.

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante evento em Washington (Foto: Ting Shen/AFP)

O presidente dos EUA, Donald Trump, discursa durante evento em Washington (Foto: Ting Shen/AFP)

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O retorno de Donald Trump à Casa Branca tem gerado comparações com figuras históricas, como o 25º presidente dos Estados Unidos, William McKinley, que governou de 1897 a 1901. Trump mencionou McKinley como uma inspiração, especialmente em sua política de tarifas de importação. McKinley, cuja administração marcou o início do imperialismo americano, foi assassinado por um anarquista que se opunha à concentração de poder. Sua era é lembrada pela expansão militar dos EUA após a Guerra Hispano-Americana de 1898.

As declarações de Trump também evocam um modelo de diplomacia imperial mais antigo, o “sistema tributário” da China, que estabelecia relações com países vizinhos em troca de estabilidade e comércio. Este sistema, que se baseava na crença da superioridade civilizacional da China, perdurou por séculos até ser enfraquecido pela chegada de comerciantes europeus no século XVI. A China só instituiu um ministério de relações exteriores em 1860, mas a dinastia Qing foi derrubada em 1911, encerrando a era imperial.

Trump, durante um debate com Kamala Harris, afirmou que "outros países vão finalmente nos pagar de volta" pelo que os EUA fizeram globalmente. Essa visão de que os EUA ocupam uma posição especial no mundo se assemelha ao sistema tributário chinês, embora a abordagem de Trump exija pagamento imediato, sem oferecer recompensas como fazia a China. Além disso, Trump desmantelou a USAid, agência de desenvolvimento internacional, criando um vácuo que pode ser preenchido pela China.

A possibilidade de cortes na assistência americana a países em desenvolvimento gerou reações negativas, com um ministro africano denunciando a situação como “bullying”. O pesquisador Cobus Van Staden sugere que, se a suspensão da assistência se concretizar, os países afetados buscarão alternativas, e o mundo pode seguir em frente sem contar com os EUA. Ele destaca que a China está bem posicionada para preencher esse espaço, devido a seus recursos financeiros, competência técnica e previsibilidade política.

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