10 de fev 2025

Juiz federal bloqueia novamente decreto de Trump sobre cidadania por nascimento
Juiz federal bloqueia decreto de Trump sobre cidadania por nascimento, terceira vez. Ação foi movida por organizações de direitos dos imigrantes, como a ACLU. Decisão do juiz Joseph Laplante pode ser levada à Suprema Corte dos EUA. Críticos alertam que medida prejudica milhares de crianças e seus direitos. Governo Trump argumenta que interpretação da 14ª Emenda está equivocada.
Foto:Reprodução
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Um juiz federal dos Estados Unidos anunciou, nesta segunda-feira, 10, que emitirá uma liminar para bloquear um decreto do presidente Donald Trump que visa eliminar a cidadania por nascimento, garantida pela Constituição. Esta é a terceira vez que um magistrado veta a ordem do republicano, que foi assinada em 20 de janeiro, no dia de sua posse. O caso foi movido por três organizações de direitos dos imigrantes, representadas pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), que alegaram que a cidadania de bebês de mães grávidas, pertencentes a esses grupos, seria negada de forma inconstitucional.
O advogado da ACLU, Cody Wofsy, argumentou que a ordem viola a cláusula de cidadania da 14ª Emenda da Constituição e uma decisão da Suprema Corte de 1898, que reconhece o direito à cidadania por nascimento, independentemente do status imigratório dos pais. Durante uma audiência, o juiz Joseph Laplante indicou que bloquearia a ordem, mas afirmou que explicaria seus motivos em uma decisão escrita. Ele também mencionou que a Casa Branca deve apelar, prevendo que "essa questão será resolvida de uma forma ou de outra pela Suprema Corte".
A liminar impõe uma nova barreira legal à implementação da ordem, além de decisões anteriores de juízes federais em Maryland e Washington. Qualquer recurso do governo Trump deverá ser submetido a três tribunais federais de apelação, incluindo o Tribunal de Apelações do 1º Circuito, em Boston, cujos juízes ativos foram indicados por democratas. O decreto busca alterar a interpretação histórica da 14ª Emenda e gerou reações legais em vários estados.
Defensores da proposta afirmam que ela ajudaria a combater a imigração ilegal, enquanto críticos alertam que a medida afetaria milhares de crianças, privando-as de cidadania e direitos fundamentais, como acesso a benefícios do governo e a possibilidade de trabalhar legalmente. O Departamento de Justiça de Trump argumenta que a interpretação tradicional da 14ª Emenda está equivocada, afirmando que a Constituição não deve conceder cidadania a filhos de imigrantes em situação ilegal ou temporária.
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