Política

Trump suspende ajuda americana e paralisa programa de combate a incêndios no Brasil

A suspensão de ajuda dos EUA por Trump paralisou programa de combate a incêndios. Desde 2021, o programa treinou mais de 3 mil brigadistas, incluindo indígenas. Ibama lamenta a interrupção, mas afirma que não compromete verba para incêndios. A USFS, parceira do Ibama, administra florestas e pastagens nos EUA. A decisão pode agravar incêndios na Amazônia e comprometer ações de prevenção.

Brigadistas do Instituto Brasília Ambiental e bombeiros do Distrito Federal combatem incêndio em área de cerrado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília (24 de agosto) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Brigadistas do Instituto Brasília Ambiental e bombeiros do Distrito Federal combatem incêndio em área de cerrado próximo ao Aeroporto Internacional de Brasília (24 de agosto) (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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A decisão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de suspender a ajuda externa por 90 dias impactou diretamente o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios no Brasil. Este programa, que existe desde 2021 e é financiado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID), visa capacitar brigadistas e profissionais que atuam no combate a incêndios florestais, com mais de 3 mil pessoas treinadas até agora. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) confirmou que a suspensão das atividades prejudica a capacitação técnica, embora não afete diretamente o combate aos incêndios.

O decreto de Trump, que visa interromper novos desembolsos de fundos para países estrangeiros, congelou ações que poderiam fortalecer a resposta a incêndios em áreas sensíveis, como a Amazônia e terras indígenas. O programa, que já havia realizado 51 cursos em parceria com o Ibama e outras instituições, agora enfrenta incertezas quanto ao seu futuro. O Ibama ressaltou que as atividades programadas estão sendo reavaliadas, mas sem a participação da USFS (Serviço Florestal dos EUA).

Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama, lamentou a decisão, destacando que a parceria com a USAID era importante para o Brasil, mas afirmou que a interrupção não comprometerá o orçamento federal destinado ao combate a incêndios. Ele enfatizou que o trabalho do Ibama é financiado integralmente por recursos nacionais e que a colaboração com a USAID se limitava a capacitações e intercâmbios.

A USAID, que já destinou mais de US$ 40 bilhões em doações em 2023, enfrenta um futuro incerto sob a nova administração. A agência, criada em 1961, tem sido alvo de críticas por parte de Trump e seus aliados, que a consideram excessivamente dispendiosa. A suspensão da ajuda pode afetar não apenas o Brasil, mas também outros países que dependem do suporte americano para enfrentar crises ambientais e humanitárias.

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