Trump e Musk atacam albergues para migrantes em Nova York após demissões na FEMA

Durante a campanha eleitoral, Donald Trump afirmou que Nova York abriga migrantes em "hotéis de luxo", referindo-se a albergues habilitados para os mais de 230.000 estrangeiros que chegaram à cidade desde a primavera de 2022. Recentemente, a administração republicana demitiu quatro funcionários da FEMA por supostos pagamentos indevidos a esses estabelecimentos. Entre os demitidos estava a diretora financeira da agência, Mary Comans, acusada de "eludir o liderança" para realizar pagamentos a hotéis.

A demissão ocorreu após Elon Musk, próximo ao presidente e responsável por cortes na administração, alegar que a FEMA havia enviado 59 milhões de dólares a hotéis de luxo para migrantes. Musk criticou o uso de fundos destinados a desastres e anunciou que uma ação judicial seria movida para recuperar esses valores. O diretor interino da FEMA, Cameron Hamilton, confirmou que os pagamentos foram suspensos e que os responsáveis seriam responsabilizados.

Hamilton também mencionou que a administração Trump retirou fundos do Programa de Refúgio e Serviços, criado em 2023 sob o governo de Joe Biden, devido a preocupações sobre atividades ilegais associadas a um hotel em Manhattan. Ele citou reportagens que ligavam a banda venezuelana Tren De Aragua ao local, afirmando que a continuidade dos pagamentos poderia financiar atividades criminosas.

Embora a crise migratória em Nova York tenha diminuído, cerca de 46.000 migrantes ainda estão sob cuidados da cidade, vivendo em condições precárias. Muitos relatam que as condições nos centros de acolhimento são insatisfatórias, com relatos de sujeira e infestação de pragas, desmentindo a ideia de que estão em "hotéis de luxo". A cidade recebeu 237 milhões de dólares em 2024 para ajudar a cobrir os custos com os migrantes, dos quais cerca de 19 milhões foram destinados a hotéis.