Política

Elon Musk afirma que ‘deep state’ dos EUA financiou vitória de Lula sobre Bolsonaro

A direita brasileira alega que a Usaid influenciou as eleições de 2022. Elon Musk afirmou que o "deep state" dos EUA financiou a vitória de Lula. Eduardo Bolsonaro busca apoio em Washington para anistia aos golpistas. A Usaid, com orçamento de US$ 40 bilhões, é alvo de críticas de Trump. A narrativa de interferência eleitoral pode fortalecer a posição de Bolsonaro.

Jair Bolsonaro no aeroporto de Brasília com o boné 'Make America Great Again', marca do trumpismo e das campanhas eleitorais de Donald Trump (Foto: Brenno Carvalho/O Globo)

Jair Bolsonaro no aeroporto de Brasília com o boné 'Make America Great Again', marca do trumpismo e das campanhas eleitorais de Donald Trump (Foto: Brenno Carvalho/O Globo)

Ouvir a notícia

Elon Musk afirma que ‘deep state’ dos EUA financiou vitória de Lula sobre Bolsonaro - Elon Musk afirma que ‘deep state’ dos EUA financiou vitória de Lula sobre Bolsonaro

0:000:00

A recente ofensiva de Donald Trump contra a Usaid, a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional, tem gerado repercussões significativas na direita brasileira. A Usaid, que financia projetos de ajuda humanitária e iniciativas sociais em diversas regiões do mundo, é vista por Trump como um desperdício de recursos, alegando que a agência promove "notícias falsas" e favorece os democratas. Com um orçamento anual de US$ 40 bilhões, a Usaid representa apenas 0,6% do total do orçamento dos EUA, mas suas ações têm sido alvo de críticas por parte de apoiadores de Trump.

Recentemente, Elon Musk, bilionário e influente figura do governo Trump, afirmou que o "deep state" dos EUA teria financiado a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva sobre Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Essa declaração ocorreu em resposta ao senador republicano Mike Lee, que questionou se a interferência do governo dos EUA na eleição incomodaria os brasileiros. Musk reforçou a narrativa de que a administração Biden teria apoiado Lula, sem apresentar evidências concretas para suas alegações.

A viagem do deputado Eduardo Bolsonaro a Washington, onde se reuniu com parlamentares republicanos, busca fortalecer essa narrativa de interferência externa. Os bolsonaristas argumentam que a participação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em estudos sobre desinformação, financiados pela Usaid, é uma prova da suposta manipulação eleitoral. Essa estratégia visa criar um ambiente favorável para a discussão de um projeto de anistia aos golpistas do 8 de janeiro, que pode beneficiar Bolsonaro em futuras eleições.

Enquanto isso, o governo Lula mantém uma postura cautelosa, com o Itamaraty enfatizando a necessidade de diálogo. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, chegou a apoiar a revisão das penas dos condenados pelos ataques de janeiro, o que pode ser interpretado como uma tentativa de apaziguar a situação. Contudo, a narrativa bolsonarista sobre a Usaid continua a ganhar força, alimentando a ideia de que Bolsonaro é uma vítima de uma grande conspiração.

Meu Tela
Descubra mais com asperguntas relacionadas
crie uma conta e explore as notícias de forma gratuita.acessar o meu tela

Perguntas Relacionadas

Participe da comunidadecomentando
Faça o login e comente as notícias de forma totalmente gratuita
No Portal Tela, você pode conferir comentários e opiniões de outros membros da comunidade.acessar o meu tela

Comentários

Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.

Meu Tela

Priorize os conteúdos mais relevantes para você

Experimente o Meu Tela

Crie sua conta e desbloqueie uma experiência personalizada.


No Meu Tela, o conteúdo é definido de acordo com o que é mais relevante para você.

Acessar o Meu Tela