13 de fev 2025
EUA sob Trump: especialistas alertam para risco de autoritarismo competitivo
Steven Levitsky e Lucan A. Way alertam sobre o risco de autoritarismo nos EUA. Eles citam exemplos históricos como Peru e Venezuela para ilustrar o fenômeno. A resistência da população e da oposição é crucial para evitar essa transformação. O cenário atual é mais frágil que em 2017, com oposição debilitada. A vulnerabilidade de Trump pode abrir espaço para forças democráticas se atuarem.
Presidente dos EUA, Donald Trump, discursa no Salão Oval (Foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP)
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A análise de Steven Levitsky, professor de Harvard, e Lucan A. Way, da Universidade de Toronto, sugere que os Estados Unidos podem estar se afastando dos padrões de uma democracia liberal sob a presidência de Donald Trump. Em artigo na Foreign Affairs, os acadêmicos afirmam que, se o atual ritmo continuar, a democracia americana pode se tornar um regime de autoritarismo competitivo, onde eleições ocorrem, mas o incumbente manipula o poder para desfavorecer a oposição. Eles citam exemplos históricos, como o Peru de Alberto Fujimori e a Venezuela de Hugo Chávez, para ilustrar esse conceito.
Levitsky e Way destacam que o cenário atual é muito diferente do de 2017, quando havia uma resistência mais organizada ao governo Trump. Atualmente, o Partido Democrata parece inerte, enquanto o Partido Republicano é dominado por figuras leais a Trump. As ações do presidente, incluindo propostas controversas relacionadas ao conflito israelense-palestino, têm gerado tensões com aliados tradicionais, como Canadá e Dinamarca.
Os especialistas alertam que a única maneira de evitar essa transição para um regime autoritário é por meio de uma resistência ativa da população e da oposição. Eles afirmam que Trump, apesar de seu poder, é vulnerável a erros e à falta de apoio, o que pode criar oportunidades para forças democráticas. No entanto, a eficácia da oposição pode ser comprometida se seus membros se sentirem ameaçados ou desmotivados.
Levitsky e Way concluem que a situação é alarmante, especialmente considerando que os Estados Unidos são a maior potência militar do mundo. A análise deles ressalta a importância de uma vigilância constante e de um engajamento ativo da sociedade para preservar os valores democráticos em um momento crítico.
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