Barbeiro defende clientes de imigração em El Paso enquanto ICE intensifica deportações

Um incidente ocorreu em uma barbearia em El Paso, Texas, onde o proprietário, Oscar Vargas, pediu aos agentes do Serviço de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) que deixassem o local, alegando que não tinham mandado de busca. Vargas relatou à emissora Telemundo que os agentes intimidaram clientes e funcionários, exigindo identificação. Este episódio se insere em um contexto de intensificação das operações do ICE, que, desde a posse de Donald Trump, já realizou mais de 8 mil prisões e 5 mil deportações até o final de janeiro.

O ICE, que possui três divisões principais, tem focado em imigrantes com ordens de deportação ou antecedentes criminais. A Divisão de Estrangeiros Criminosos (CAD) é crucial, operando programas para localizar imigrantes com histórico criminal e para identificar estrangeiros sujeitos à remoção. Além disso, a Divisão de Operações de Fugitivos investiga imigrantes com ordens de deportação pendentes, apoiando as operações de remoção.

A colaboração com forças de segurança locais é essencial para a estratégia de deportação. O programa 287(g), que permite que agentes locais realizem funções de imigração, tem sido reativado em vários estados republicanos, como Florida e Indiana. Críticos apontam que isso pode levar a abusos, com detenções baseadas em preconceitos raciais, especialmente contra latinos e negros, mesmo por infrações menores.

Recentemente, o ICE anunciou que irá reduzir os requisitos para detenção, facilitando a colaboração com xerifes locais. No entanto, muitos preferem reservar espaço em suas prisões para criminosos de maior gravidade, em vez de indocumentados. A situação continua a gerar debates sobre os impactos sociais e legais das operações de imigração nos Estados Unidos.